Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Eliana celebra efeito de campanha pela autoestima e poder feminino

Não é fácil buscar relevância nas tardes de domingo da  TV aberta, dado o circo que toma conta de boa parte dos canais na busca desenfreada pela partilha da audiência.

Eliana, via SBT, duela minuto a minuto com Rodrigo Faro, da Record, pela vice-liderança, enquanto Faustão trafega tranquilo na liderança. Daí o holofote que se faz necessário sobre a campanha iniciada pela loira pela autoestima da mulher, um tema que não é exatamente do tipo que hipnotiza a massa. No domingo que se foi, dia 30, Eliana encerrou seu programa exibindo um vídeo com nomes notáveis de universo feminino para defender o empoderamento, por meio da união entre todas as brasileiras. “Unidas somos mais fortes e podemos mais”, sentenciou.

O filme sela os quatro meses em que esteve no ar o #ElianaPorTodasElas, campanha de conscientização sobre a violência de gênero, em especial contra a cultura do estupro. É claro que é importante que canais como o GNT levantem essa bandeira, mas quando um nicho dos mais populares, como o SBT, abraça a causa, o recado estará chegando a cidadãs e cidadãos que mais precisam da mensagem e das informações levadas.

Ivete Sangalo, Sandy, Paula Fernandes, Anitta, Luíza Possi, Daniele Hypólito, Astrid Fontenelle e a própria Maria da Penha, que dá nome á lei que passou a punir a violência feminina, deram seus depoimentos ao programa, a convite da loira e da produção.

A causa foi levantada também pelo Twitter, desde junho, em parceria com a TV, configurando uma iniciativa sem precedentes na TV aberta, sobre o abuso de gênero, especialmente nas questões relativas a assédio sexual e estupro. A discussão gerou impacto na plateia, o que se multiplicou com o compartilhamento de vídeos e informações, incluindo mais de 300 perguntas enviadas pelo Twitter.

A ação acabou por incentivar a denúncia de um caso de abuso sofrido por uma criança de 7 anos, em Bauru (SP). Outro caso que mobilizou a atenção do público foi o de uma jovem, que questionou se o filho gerado a partir de abuso, praticado por seu padrasto, bastaria como prova de crime.

Ainda em junho, no segundo programa embalado pela hashtag #ElianaPorTodasElas, a apresentadora contou com a participação de duas juristas: a Promotora de Justiça Gabriela Manssur, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica do Ministério Público do Estado de São Paulo, e a advogada e co-fundadora da Rede Feminista de Juristas, Marina Ganzarolli.

O “Programa da Eliana” alcança, a cada domingo, cerca de 1,5 milhão de pessoas de todas as idades, só na Grande São Paulo.

 

“Acima de tudo, estou muito feliz com o resultado da escolha de abrirmos espaço para a discussão social em torno dos diversos tipos de violência contra a mulher. Tivemos programas muito esclarecedores com a participação intensa de homens e mulheres de todas as idades. Foi uma grata surpresa!”, comemora a dona do palco.

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Cristina Padiglione

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