Globo veste Globeleza pela primeira vez em 27 anos e valoriza folia regional
Sinal dos tempos, a Globeleza da vez não aparece sambando nua, com corpo apenas coberto por desenhos pintados, como acontecia desde o carnaval de 1990, quando Valéria Valenssa deu início a essa figura.
Representada pela bailarina Érika Moura, que há três anos samba na tela da Globo durante o carnaval, a personagem agora se esmera não só no samba, mas também no frevo, maracatu, bumba-meu-boi e axé, e o que é mais surpreendente: com figurino apropriado para cada ritmo.
A divulgação da Globeleza 2017 durante o “Fantástico” motivou 10,5 mil depoimentos no Twitter. O termo “Globeleza entrou 93 vezes nos TTs Brasil, ranking dos assuntos mais comentados da rede de microblogs, foi registrado no Moments do Twitter e foi um dos assuntos mais pesquisados no Google.
Erika também já não está só, mas bem acompanhada de outros bailarinos.É mais carnaval e menos libido, sem perder fôlego e sensualidade. É mais folia e menos ostentação física. É mais adequado aos novos tempos, que bom, sem abandonar a trilha que já é um hit.
Além de contribuir para reduzir o tom de mulher objeto, a nova vinheta valoriza a regionalização da folia.
De certa forma, a vinheta acompanha uma tendência já antecipada nos desfiles de escolas de samba de Rio e São Paulo, onde exibir a genitália e os seios deixou de ser sinônimo de boa cotação, faz tempo. Nádegas e afins à mostra só servem aos flashes da RedeTV!, que, sem direitos de transmissão sobre os desfiles e o carnaval de Salvador ou Recife, vive de flagrar intimidades expostas.