Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Lei da TV paga fez crescer em 318% a produção seriada de TV, em 7 anos

Felipe Rocha e Maria Casadevall em 'Lili, a Ex', série da O2 Filmes para o GNT, que contou com incentivo da Ancine

A produção de obras seriadas de audiovisual foi de  703 horas, em 2008, para 2,943 mil horas, em 2014. Isso representou um crescimento de 318%, fruto da Lei da TV paga, que estabelece cotas de produção nacional para os canais pagos vigente no Brasil.

Somando Cinema, internet e TV, houve, nesse período, um crescimento de 153% no volume de obras produzidas e registradas na Ancine (Agência Nadional de Cinema), atingindo 4,288 mil horas por ano. Isso, considerando que nem toda obra audiovisual é registrada na Ancine, cso de programas jornalísticos, eventos ou séries bancadas pelos próprios canais, como costuma acontecer com a HBO.

Agora, você que é contrário a leis de incentivo e reclama que as cotas de produção nacional são uma intervenção estatal, anote aí: o setor Audiovisual foi responsável pela geração direta de 98,7 mil empregos com CLT e 107,6 mil empregos indiretos, em 2014. A remuneração média no segmento chegou a R$3.685,02 em 2014, cerca de 64% acima da remuneração média do total da economia. Estima-se que a receita das empresas do setor seja de cerca de R$42,7 bilhões de reais (em valores do final de 2015).

Tá bom pra você?

Os dados fazem parte da pesquisa “Mapeamento e Impacto Econômico do Setor Audiovisual no Brasil”, lançada pela APRO – Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais –, em parceria com o SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, por meio do projeto Objetiva – Empreendedorismo em Foco, realizado pelas duas entidades desde 2013. Inédito, o estudo abrange Cinema, TV, Publicidade e Mídias Digitais, e foi realizado pela Fundação Dom Cabral, com o objetivo de evidenciar a relevância do setor audiovisual para a economia.

A pesquisa está dividida em quatro partes (I. Mercado Audiovisual no Brasil, II. Impacto Econômico do Setor Audiovisual no Brasil, III. Audiovisual Internacional e IV. Uma Visão Qualitativa sobre as Empresas de Produção Audiovisual Independente no Brasil). No decorrer dos próximos dias, vamos esmiuçar mais dados desse grande mapeamento por aqui.

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Cristina Padiglione

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