Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

‘Masterchef’ volta dia 4, com tudo que falta ao ‘X-Factor’

master

A Band anuncia na próxima terça os detalhes que fazem da próxima edição do ‘Masterchef Brasil’ uma versão ligeiramente diferente das demais. Será a primeira produção no formato só com candidatos profissionais, com estreia marcada para 4 de outubro, nas tradicionais noites de terça.

Como o time de jurados e apresentadora formam um elenco primoroso, lá estarão, de novo, Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin, com Ana Paula Padrão. É dessa escalação de elenco que depende, em boa dose, o sucesso das versões produzidas ao redor do mundo. Mas a segmentação, na seleção de candidatos de um reality, não é, por si só, um bom indício. É algo que já reduz muito as possibilidades de diferença entre os competidores, minando, portanto, os conflitos vigentes em cena. Como se sabe, toda boa história depende da força de seus conflitos, inclusive nos reality shows. De todo modo, sempre há os profissionais de origens diferentes, sabores e paladares distintos, quase todos com temperamentos pouco brandos como reza o perfil do profissional de gastronomia.

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Produzido pela Endemol e Eyeworks, o ‘Masterchef Brasil’ tem tudo que falta ao ‘X-Factor’, obra da Fremantle, ambos para a mesma Band. Falamos aqui de dois formatos internacionais adaptados para o mesmo canal, com uma distância imensa entre o êxito de um e outro. O ‘X-Factor’ tem um time de jurados com figuras interessantes, isoladamente, mas sem liga quando unidas por um mesmo propósito. Talvez pelo fato de ter sido rotulado como vilão ou bad boy em seus trabalhos como ator, o músico Paulo Miklos transborda afeto pelos candidatos, mesmo os piores, e o time de candidatos não tem, nem de longe, a tão comentada qualidade do elenco de candidatos do ‘The Voice’, feito na Globo, Não bastasse isso, o ‘X-Factor’ exibe uma troca troca de figurino sem precedentes. Melhor ver a Ivete Sangalo no ‘The Voice’ repetindo o figurino entre um programa e outro, a ver os jurados com roupas, penteados e acessórios trocados a cada candidato. Argumentam que a ordem de apresentação dos candidatos na gravação se altera na hora da edição, em busca de uma distribuição mais dosada para o espectador. Mas há como evitar. Para quem vê, é um show de desorganização, o que já era prenunciado naquela confusão armada na fila de candidatos às inscrições. O formato original é ótimo, mas, sem elenco, nada acontece.

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Cristina Padiglione

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