Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Para Betty Faria, maconha não é droga nem afeta a memória

“Não tem efeito nenhum, acho uma mentira dizer que mexe com a memória. Fumei muita maconha e nunca tive problema. Minhas amigas que tomam remédio para dormir, esquecem o texto na hora de gravar.”

Assim diz Betty Faria, 75 anos, sobre a canábis, a Pedro Bial, em entrevista que o canal GNT exibe neste domingo, 16, às 20h.

Para a atriz, que conta ter experimentado LSD, mas já tinha uma filha para criar, a experiência com as drogas foi tranquila, sem esbarrar na responsabilidade familiar. “Tive experiências, mas sempre honrei o papel de mãe”.

A entrevista também traz à tona os papéis que Betty não gostou de interpretar, e um deles acabou nem ficando com ela: era a Viúva Porcina, eternizada por Regina Duarte. Betty viveria a personagem de Dias Gomes na versão original da novela, aquela vetada pela Censura, em 1975. Seu par seria então o próprio Lima Duarte, que se manteve como Sinhozinho Malta dez anos depois. Roque, vivido por José Wilker, seria Francisco Cuoco. Na ocasião, a Globo encomenodu às pressas uma novela a Janete Clair para ocupar o lugar de “Roque” e ela apresentou nada menos que “Pecado Capital”, novela que aproveitou o elenco já disponível para “Roque” e que acabou por brindar Cuoco com um dos melhores personagens de sua carreira, o taxista Carlão.

Bettty Faria e Lima Duarte na versão de "Roque Santeiro" de 1975, censurada

Bettty Faria e Lima Duarte na versão de “Roque Santeiro” de 1975, censurada

Voltando à entrevista do Bial, Betty relata como foi difícilo período posterior à sua saída da TV Globo, acostumada que estava a trabalhar o tempo todo. Para ela, a cisão com a emissora e as dificuldades geradas a partir disso contribuíram para a artrite reumatoide, uma doença autoimune e sem cura, que ela enfrenta. “Foi uma fase muito difícil, não deixei ninguém saber e isso gerou essa doença. Quando eu saí, achei que fosse enlouquecer. Foi tão violento, porque eu trabalhava todo o tempo e, de repente, eu não trabalhava mais”.

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Cristina Padiglione

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