Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Rita Cadillac fica fora do tributo a Chacrinha, na Globo

Stepan Nercessian como Chacrinha em especial gravado pela Globo e pelo Viva. Foto de Pedro Curi/Divulgação

A Globo finalmente tirou do papel um antigo projeto do Canal Viva, em mais uma parceria entre o canal aberto e o canal pago do grupo Globo, em tributo à memória da TV.

Foi gravada na quarta, dia 3, a edição que celebra uma das figuras de maior relevância da história da TV no Brasil, Abelardo Barbosa, vulgo Chacrinha, nos Estúdios Globo, ex-Projac. O projeto existe desde 2015, quanto o Viva celebrou seu  5º aniversário com uma apresentação do musical “Chacrinha”, com Stepan Nercessian. Na ocasião, o canal apenas promoveu uma sessão para convidados do espetáculo que já estava em cartaz. A ideia era promover uma edição especialmente para a TV, com participação de músicos e outros jurados, com direito a chacretes e todo o circo do Velho Guerreiro. Efetivamente, foi isso que se realizou agora, dois anos depois.

O júri da edição de revival contou com um time estelar: Luciano Huck, Angélica, Tiago Leifert, Ana Maria Braga, André Marques, Glória Maria , Fernanda Lima e Regina Casé. Um grupo de chacretes anônimas foi escalado, mas uma figura muito ligada ao Velho Guerreiro teve sua ausência notada: Rita Cadillac não está no programa.

Rita estava na festa de 5 anos do Viva, com Elke Maravilha, eterna jurada de “painho” como ela chamava Chacrinha (Elke morreu em agosto passado). Na apresentação em comemoração ao aniversário do canal, Elke e Rita foram devidamente citadas por Stepan, do palco.

O programa gravado na quarta teve direção artística de Rafael Dragaud e direção-geral de Daniela Gleiser. O “Cassino” original foi ao ar na Globo entre os anos de 1982 a 1988, mas o animador cumpriu um período anterior na emissora, entre 1967 e 1972, quando brigou com Boni, que à época queria eliminar da grade da Globo as atrações consideradas de nível apelativo. Concorrente de Flávio Cavalcante, Chacrinha não se acanhava em promover sessões de descarrego com mãe de santo no palco, como fazia seu adversário. Quando voltou, em 88, a convite do mesmo Boni, seu show já vinha mais envernizado, dentro do conquistado padrão Globo, e logo Chacrinha seria reconhecido como um dos maiores comunicadores brasileiros.

 A edição especial mistura elementos antigos com a tecnologia atual, resgatando as referências que estão na memória afetiva dos brasileiros, como o bacalhau atirado à plateia e o famoso Troféu Abacaxi. “Será um Chacrinha de todos os tempos”, define Rafael Dragaud. “A ideia é fazer uma reverência ao artista, com um cenário inspirado no ‘Cassino do Chacrinha’ da década de 80, no entanto, modernizado. Tem um quê de Chacrinha, tem um quê de moderno” explica a diretora-geral, Daniela Gleiser.

 Stepan, que encarna todos os trejeitos físicos do Velho Guerreiro, endossa que a caracterização sempre lhe soa como “um momento mágico”. “Vestir-me de Chacrinha é como se fosse partir para uma viagem de sonhos e aventuras. Sair deste mundo e ir para o imaginário”, ressalta o ator, já caracterizado com gravata verde em paetê, cartola, casaca vermelhas, colete, calça e mocassins dourados. 

No palco, Sidney Magal, Fábio Jr., Ney Matogrosso e Alcione, todos frequentadores do Chacrinha original, entram em cena para o tributo gravado na quarta. Mas a edição abre também espaço para novas gerações, como Anitta, Luan Santana e Ivete Sangalo e Marília Mendonça. A coroação do bolo é a presença do rei, Roberto Carlos.

O especial vai ao ar em agosto, no Viva, e em setembro, na Globo.

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Cristina Padiglione

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