Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Série de Bruna Surfistinha na FOX será só premium

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Aqui vão duas notícias, uma boa, outra, nem tanto, sobre a mais nova versão da história de Bruna Surfistinha, a série #MeChamaDe Bruna.

A boa: a julgar pelo primeiro capítulo, exibido nesta quinta em sessão privé para jornalistas, a série é ótima.

A ruim: só será exibida pelo canal premium da programadora, o FOX+Premium, que só está disponível nas operadoras VIVO, OI, TV Alphaville, Multiplay Telecom, TCM, Enterplay e Sumicity.

Dizem que em duas semanas estará já na NET, mas convém aguardar. O FOX PLay, plataforma sob demanda do grupo, por exemplo, vem sendo prometido a assinantes da NET desde março e até agora, a previsão não se consumou.

O canal afirma que a medida é uma estratégia da casa para valorizar seu canal premium. Justo. Só não é estratégico lançar um produto bem cuidado como MeChamaDeBruna antes de dar aos assinantes a chance de ter o devido canal.

Da mesma produtora do filme, a TV Zero, sob direção de Márcia Faria, a série apresenta, como protagonista, a bela e bem articulada Maria Bopp. Talvez alguém se lembre dela lá de Oscar 279, uma série da Pródigo para o Multishow, também sobre garotas de programa. Mas a escolha por uma atriz pouco conhecida se propõe a evitar comparações com Débora Secco, que foi Bruna no longa-metragem. Maria prima mais pela inexperiência da iniciante. Não é inocente, propriamente, sabe se virar, mas não se apresenta de forma sensualizada logo de cara.

Apesar de transpirar sexo, claro, ofício da protagonista, por escolha da própria e não por outras circunstâncias, a série foge da sensualização barata, levando sempre o espectador a desembarcar da “viagem” que lhe daria tesão, por meio dos dramas de cada personagem e situação. Conflitos, traições, histórias humanas: está tudo ali.

Para Márcia, a série chega em um bom momento para discutir tudo isso, inclusive a cultura do estupro, outro assunto vigente em cena. Conta ainda que a produção da história em oito episódios permite a exploração de um arco dramático mais rico, o que não caberia num filme, e é isso que distingue a história nessa nova versão, do filme e do livro que originou tudo isso.

Em tempo: a segunda temporada já está em produção e tem aprovação do canal. A Ancine, por meio de leis de incentivo, liberou R$ 5.422.212,60.

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Cristina Padiglione

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