Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Tony Ramos mal acaba ‘Tempo de Amar’ e já engata novela de Aguinaldo Silva

Tony Ramos: três meses de intervalo entre um expediente e outro na Globo. Foto de João Miguel jr./Divulgação

Tony Ramos faria apenas uma participação especial em “O Sétimo Guardião” (participação esta que esteve ameaçada quando a novela ainda estava programada para ir ao ar antes de “O Segundo Sol”, de João Emanuel Carneiro). Agora, o ator fará a novela toda, como conta o autor, Aguinaldo Silva.

Como o ator tem um filme para fazer entre uma novela e outra, no interior de São Paulo, com direção de Luís Villaça, nada de férias.

Livre do José Augusto de “Tempo de Amar”, novela de Alcides Nogueira que se despede da faixa das 18h no próximo dia 20, o ator deverá se apresentar de volta à Globo em julho, para se tornar Olvavo, o banqueiro que se alia a Valentina (Lilia Cabral) para explorar água da fonte. Ele é pai de Laura, a noiva Gabriel, filho de Valentina, abandonada no altar. Gabriel é levado por uma força misteriosa até Serro Azul, onde conhece Luz (Marina Ruy Barbosa). Olavo se alia a Valentina, mas exige que ela promova o reencontro dos seus filhos.

Em contato com o TelePadi, o próprio Aguinaldo celebra a presença de Tony em cena e aproveita para corrigir algumas informações aqui publicadas sobre o convite feito a Paolla Oliveira, que, avisa o autor, ainda não disse seu “sim” para a escalação pretendida.

“A Paolla foi apenas sugerida por mim, mas ainda não aceitou”, esclareceu.

Aguinaldo conta ainda que não há mais “uma menina jogadora de futebol na história”, como definimos aqui a filha de Afrodite, personagem para a qual Paolla foi convidada. “Diana, a filha de Nicolau e Afrodite, é skatista fanática,  luta contra o preconceito do pai e dos skatistas homens, e sua aspiração é participar da equipe olímpica brasileira de skype (o esporte estreia nas próxima Olimpíada).”

De fato, houve um momento em que a história previa uma jogadora de futebol, o que até noticiamos aqui  no TelePadi em maio passado, mas a atividade esportista mudou, a fim de simplificar a vida da produção da novela. Como futebol é esporte coletivo, a presença de uma jogadora em cena implicaria, no mínimo, mais 21 figurantes fixas. Daí a opção por um esporte individual.

O autor relata ainda que “o início das gravações foi antecipado de agosto para julho”.

O que o autor não contou é que Rogério Gomes, o diretor artístico, e sua equipe de produção já rodaram pelo sul de Minas e norte de São Paulo na semana passada, em busca da locação ideal para situar a cidade de Serro Azul, onde se passa a novela.

As  externas dos 50 primeiros capítulos serão gravadas na locação, o que não é praxe em novela. O feito só será possível porque Aguinaldo estará bem adiantado no texto dos capítulos quando a novela começar.

Questão jurídica

Ao publicar o convite a Paolla de Oliveira para a novela, ainda ontem, houve quem me questionasse sobre a questão jurídica em que a sinopse de “O Sétimo Guardião” está envolvida. Vamos lá: há poucos dias, Silvio Cerceau, o ex-aluno de Aguinaldo Silva que reivindica coautoria na sinopse, alegando que a trama foi criada dentro da sala de aula do curso ministrado pelo autor, apresentou uma série de e-mails, vídeos e documentos que ele pretende que a Justiça reconheça como provas de sua alegação.

À Justiça, caberá confrontar esses documentos com a novela que de fato irá ao ar. A direção da Globo não comenta o assunto, mas este noticiário sabe que o jurídico da casa está calçado na segurança de que a história sofreu muitas modificações de lá até aqui, como é comum acontecer durante o processo de criação que vai da elaboração de um primeiro resumo às gravações.

A emissora também confia que a trama, passada numa cidade fictícia como aconteceu em tantas outras do currículo de Aguinaldo (“Pedra Sobre Pedra”, “A Indomada”, “Porto dos Milagres” e até “Roque Santeiro”, nascida de Dias Gomes, mas desenvolvida por ele) tenha o DNA do autor.

Por enquanto, é o que temos.

 

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Cristina Padiglione

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