Vladimir Brichta já sabia desde o início que estava marcado para ‘morrer’ em ‘2º Sol’
Vladimir Brichta disse ao TelePadi que sempre soube, desde a primeira leitura de “Segundo Sol”, atual novela das nove, que Remy, o cafajeste que encarna na trama, morreria. “Na sinopse que eu recebi já tinha isso. E o João (Emanuel Carneiro, autor) olhou pra mim e já avisou: “vai morrer, viu?”
O ator conversou com o blog logo após ser premiado pelo filme “Bingo”, pela Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA), no Teatro Sérgio Cardoso, esta semana.
Perguntei se ele, mineiro de nascimento, mas baiano de criação, tomou alguém de Salvador como parâmetro para compor Remy, o irmão mau caráter de Beto Falcão que mantém um caso com a cunhada, Karola (Deborah Secco). Remy é o grande responsável pela derrocada financeira da família, fator crucial para convencer Beto a manter a farsa da morte, que tanto dinheiro rende aos cofres de todos os envolvidos.
“De certa forma, eu me inspirei em algumas figuras da oligarquia baiana, que eu conheço bem. Nasci em Diamantina, Minas, mas sempre digo que sou baiano porque fui criado em Salvador”, disse Brichta, sem dar pistas detalhadas sobre seu foco de inspiração.
A morte do personagem, acredita ele, deverá ocorrer “bem mais pra frente”.
Remy morre assassinado, segundo relatou Patricia Kogut em primeira mão, em sua coluna em “O Globo”, e vai motivar um “quem matou?”. Se a coisa for lá pelo final, teremos um paralelo forte com outro cafajeste alimentado por João Emanuel, o Max (Marcello Novaes), par de Carminha (Adriana Esteves) em “Avenida Brasil”.
Na cena da morte, Luzia (Giovanna Antonelli) será atraída para um quarto de hotel com Remy, mas será dopada. Quando finalmente voltar a si, a DJ, ex-marisqueira, encontrará Remy morto, e será, claro, acusada pela morte dele.
A boa coincidência dessa história é que a personagem de Adriana Esteves, Laureta, mesma intérprete de Carminha, que matou Max em “Avenida Brasil”, e casada com Vladimir na vida real, estará novamente envolvida no crime.