Globo crava ‘O 7º Guardião’ como titulo definitivo da próxima novela das nove
Novela que ganhou uma novela à parte nos bastidores, a próxima das nove, de Aguinaldo Silva, vai mesmo se chamar “O Sétimo Guardião”. Esta semana, o autor esteve nos Estúdios Globo, em Curicica (ex-Projac) para participar de reuniões com equipe e elenco. As gravações começam na próxima semana, em Capitólio, Minas Gerais, sob direção de Rogério Gomes, o Papinha, que assina a direção-artística do folhetim.
Após um vaivém de polêmicas sobre a produção, Aguinaldo está finalmente se divertindo com a nova história e foi até fotografado dirigindo um daqueles carrinhos que percorrem o complexo cenográfico da Globo, com o título da novela estampado à frente do carrinho.
“Houve uma reunião de deslanche da novela, com todo o elenco, lá no auditório do Projac, e foi bom porque os atores já leram, cada um, uma cena para eu ouvir. Foi muito bom, está sendo ótimo, o elenco é muito bom”, disse ele ao TelePadi nesta sexta, após o trágico jogo que tirou o Brasil da Copa.
A novela por trás da novela
Em outubro passado, o autor chegou a desistir de “O Sétimo Guardião” e apresentar outra sinopse. Em dezembro, diante da decisão da direção da Globo em fazer mesmo “O Sétimo Guardião”, Aguinaldo concordou, desde que fosse com outro batismo, afirmou ao TelePadi. É que “O Sétimo Guardião” esteve envolvida em controvérsias desde sua aprovação na Globo, quando passou a ser alvo de contestação de um de dos ex-alunos de sua Masterclass de roteiro, Silvio Cerceau, que reivindica coautoria na sinopse, nascida na sala de aula.
“Pra começo de conversa, não gosto mais do título da novela e pedirei à direção da emissora que descubra outro. ‘O Sétimo Guardião’, nem morta!”, ele falou a este noticiário em dezembro. Ainda naquela ocasião, ele já tinha 25 capítulos prontos e vinha relendo tudo, com ajustes e correções. “É importante que, mais do que qualquer outra, esta novela tenha o meu DNA, de modo que ninguém de boas intenções tenha dúvidas sobre quem a criou e a escreveu.”
Cerceau alega que a sinopse foi criada em sala de aula e que os alunos teriam de ser creditados como coautores, mas só ele contesta a autoria. A Globo e o autor também se calçaram juridicamente, mesmo porque os alunos assinaram um termo de cessão de direitos autorais.
Quando quis mudar de trama, Aguinaldo disse que não suportaria ser acusado de plágio por uma história que vinha justamente do seu universo mais usual: cidade fictícia do interior, com igreja, bordel, delegacia e uma boa crônica de costumes como microcosmo de Brasil.
Depois de “Senhora do Destino”, “Duas Caras”, “Fina Estampa” e “Império”, ele retoma em “O Sétimo Guardião” justamente uma narrativa que se aproxima mais da receita de “Roque Santeiro” (original de Dias Gomes, desenvolvida por ele), “Pedra Sobre Pedra”, “Tieta” (original de Jorge Amado), “Porto dos Milagres” e “A Indomada” (que, aliás, estreia dia 30 de julho no Canal Viva), com tintas de realismo fantástico.
Certa de que os argumentos de Cerceau não se sustentam como provas de coautoria e que uma sinopse sofre um sem número de modificações, de seu nascimento até o que vai ao ar, a direção da Globo resolveu bancar a trama, que segundo Silvio de Abreu, chefe do departamento de dramaturgia da emissora, “é ótima”. E nem o título foi trocado.
“Eu queria trocar, mas eles dizem que o nome é muito bom, então ficou”, conforma-se Aguinaldo.
A estreia está marcada para 12 de novembro, com Lilia Cabral, Marina Ruy Barbosa, Bruno Gagliasso, Flávia Alessandra e grande elenco.
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