Netflix contrata ex-executiva do Cartoon para produções infantis na América Latina
Mais uma brasileira entra para o staff da Netflix. Depois de expandir seus quadros no Brasil, a plataforma acaba de contratar Daniela Vieira, que esteve à frente das produções originais do Cartoon Network no país por dez anos. Ela se muda em breve para Los Angeles, onde ocupará o cargo de Senior Manager em International Originals – Kids and family.
Sua função é buscar produções originais na área infantil para a plataforma em toda a América Latina.
A Netflix caminha na mão oposta à de quase toda a indústria televisiva nacional, investindo em contratações de pessoal e produções, originais ou não.
Ainda nesta quarta, a plataforma anunciou a segunda temporada de “Samantha!”, sua primeira comédia nacional, que estreou há dez dias. Na semana passada, foi confirmada a produção de uma série biográfica sobre a cantora Anitta. Em andamento, estão a 2ª temporada de “O Mecanismo”, de José Padilha, a 3ª temporada de “3%”, primeira série da grife no Brasil, mais uma série sobre o Rio da Bossa Nova no final dos anos 50 – “Coisa Mais Linda”, que já está em gravação.
Outras produções originais no Brasil devem ser anunciadas nos próximos dias. Há várias produtoras trabalhando no desenvolvimento de projetos com grandes chances de vingarem.
Embora tenha alguns títulos infantis nacionais no seu catálogo, como “Galinha Pintadinha”, “Menino Maluquinho” e “A Turma do Seu Lobato”, a Netflix ainda não produziu nenhuma atração original para crianças por aqui.
É nessa carência que a nova contratada da casa, Daniela Vieira, atuará, e não só para o Brasil, mas também para todos os países vizinhos, com a experiência de quem realizou várias iniciativas similares para o Cartoon.
O canal da Turner é o segundo mais visto no Brasil, via Pay TV, ficando a milímetros de decimais da liderança tradicionalmente ocupada pelo Discovery Kids. As produções originais do Cartoon no Brasil também são levadas aos demais países latino-americanos, como é o caso do “Irmão do Jorel”, acima ilustrado, o que dá aos executivos da área uma dimensão do que pode funcionar ou não em cada nação.