Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

A TV paga no divã: fórum debate modelos de sobrevivência do setor

Agora com menos de 18 milhões de assinantes, o mercado de TV paga continua registrando queda de clientes, tendência iniciada em 2014, após anos de franco crescimento e quando chegou a ter quase 20 milhões de pagantes. A sobrevida do setor em um universo onde o streaming avança a passos largos é assunto premente para o primeiro fórum Pay TV, uma espécie de spin-off da ABTA, feira da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, que deixou de existir há dois anos.

A volta de uma reunião do gênero indica que essa indústria precisa fazer uma DR (= Discutir a Relação) urgente, a fim de se reencontrar num mundo que tem acelerado mudanças profundas de comportamento no espectador.

O fórum acontece por apenas dois dias, segunda e terça-feira, no WTC, em São Paulo. Dois participantes são particularmente aguardados com ansiedade por este noticiário: João Mesquita, ex-diretor da Rede Telecine, que cuida da nova plataforma de streaming da Globo, pronta para unir material inédito e conteúdo dos canais Globo e Globosat, e Renato Meirelles, sócio e presidente do Instituto Locomotiva e fundador do Data Popular, que apontará como a classe C, responsável pelo grande crescimento da TV paga até quatro anos atrás, tem consumido audiovisual na conjuntura econômica atual.

Na pauta de João Mesquita, que responde hoje como diretor-geral da GloboPlay, está justamente a discussão sobre novos modelos de sobrevivência, e isso se aplica também à TV aberta, embora com prejuízos menores do que os que vêm sendo enfrentados pela indústria de Pay TV.

A Globo não dá ainda notícias sobre previsão de lançamento para a nova plataforma, mas, aos fornecedores, produtores e mercado publicitário, algumas datas já foram anunciadas e adiadas, por mais de uma vez.

Os principais executivos também estarão presentes no fórum, a saber, da programação à distribuição, passando por legislação – inclusive com presença do presidente da Ancine, Christian de Castro.

Assim como a antiga ABTA, o novo fórum é organizado pelo pessoal da TeleTime e Tela Viva, maior conhecedora do tema em foco.

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Cristina Padiglione

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