Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Globosat brinca com a tese, infundada, de que ninguém mais vê TV

Campanha da Globosat sobre o consumo de TV / Reprodução

Um filminho institucional produzido pela Globosat, maior programadora de TV paga brasileira, entra no ar hoje, pelas redes sociais dos canais da casa, brincando com a tese de que “ninguém mais vê TV”.

A ideia circula fortemente na alta esfera social de localidades com bom acesso a internet, mas, evidentemente, está longe de alcançar a realidade da massa brasileira. É certo que essa distância entre as bolhas e a realidade, no entanto, é bem menor na esfera de quem  possui ou pode possuir um serviço de TV paga. Daí sua relevância entre os espectadores de canais Globosat, como SporTV, Multishow, GNT e GloboNews, alvos dos conteúdos mais citados no filme.

Em cena, dois rapazes com seus notebooks abertos comentam que as pessoas só ligam a TV para ver esportes. O outro completa: e notícia. Ah, sim, tem mais isso. Surge então outra opção: show. Ambos concordam que atrações ao vivo são ainda coisa para televisão.

Mas e o BBB? O BBB também tem muita coisa ao vivo, mas a maioria já vem editada, contesta o outro.

Um programa como o Lady Night, se visto pela internet, continua sendo televisão, não? O outro discorda. Ao fim, ambos saem para almoçar e um propõe ao outro: “Vamos no restaurante do Claude?”, referindo-se ao chef Claude Troisgros, estrela do canal GNT.

O propósito é apontar como tudo ainda converge majoritariamente para a TV, mesmo quando a TV vira tela de celular ou computador.

A campanha da Globosat tenta atrair os olhares para uma indústria que, mês após mês, noticia queda de assinantes por meio de operadoras, ao mesmo tempo em que as programadoras aceleram o passo e a tecnologia de seus serviços sob demanda para poder oferecer ao assinante outras opções de consumo.

Afinal, como dizem os dois personagens do filme, a única coisa chata da TV é não poder ver o que você quer quando quer. E é esta a vantagem trazida pelos serviços sob demanda que atualmente merecem investimento prioritário de todos os canais, pagos ou não.

Quem perder esse bonde vai ficar para trás.

Curta nossa página no Facebook e siga-nos no Twitter

Cristina Padiglione

Cristina Padiglione