Suposto grupo Integralista assume atentado contra o Porta dos Fundos
Identificando-se como o “Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira”, um grupo assim denominado assume, em vídeo que circulou em nichos católicos ao longo desta quarta-feira (25), o atentado terrorista contra a sede da produtora Porta dos Fundos, ocorrido na manhã de terça (24), no Humaitá, Rio de Janeiro.
O material foi publicado pelo canal Ursal Network e retirado do ar pouco depois da meia-noite, mas é possível encontrá-lo em outros canais no YouTube quando se pesquisa exatamente pelo nome do grupo.
O Telepadi confirmou com duas fontes que o vídeo já está sob investigação pela Polícia Civil do Rio.
Por que deveríamos levar isso a sério e não como uma chacota? Porque o vídeo traz imagens de pessoas encapuzadas atirando coquetéis molotov bem diante da fachada da produtora, como se pode constatar na imagem aqui reproduzida. O filminho já vem sendo avaliado pela polícia e comparado com as imagens das câmeras de segurança da produtora e da vizinhança, atestando sua autenticidade.
Durante o filme, uma voz distorcida lê um manifesto, dizendo: “Nós, do Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira, reivindicamos a ação direta revolucionária que buscou justiçar os anseios de todo o povo brasileiro contra a atitude blasfema, burguesa e atipatriótica que o grupo de militantes marxistas culturais Porta dos Fundos tomou quando produziu o seu Especial de Natal…”. O texto segue adiante, em tom alarmista.
O mesmo grupo já assumiu atentado à UniRio e à Universidade Federal Fluminense (FF), queimando bandeiras antifascistas nos campus.
“O Porta dos Fundos condena qualquer ato de violência e, por isso, já disponibilizou as imagens das câmeras de segurança para as autoridades”, informou o grupo em nota.
O Porta dos Fundos vem sendo atacado pela internet desde o início do mês, em razão do especial de Natal de 2019 do grupo na Netflix. No enredo deste ano, Jesus (Gregório Duvivier) volta do deserto após 40 dias acompanhado de um amigo, Orlando (Fábio Porchat), insinuando uma relação homossexual.
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