Tony Ramos e Glória Pires estarão na novela de João Emanuel Carneiro
Em uma ótima live com Maria Zilda Bethlém, que tem se revelado uma versão Teresa Cristina nas lives de teledramaturgia, Tony Ramos contou que está escalado para a novela que João Emanuel Carneiro está escrevendo para depois de “Um Lugar ao Sol”, título provisório do folhetim que Lícia Manzo escreve para suceder “Amor de Mãe”.
Por causa do atraso gerado pelo recesso imposto pela pandemia, a trama de Manuela Dias só voltará ao ar em 2021.
Assim, a pré-produção da trama de João Emanuel, que começaria em novembro, não ocorrerá antes de março de 2021.
Tony citou ainda o nome de Glória Pires e de Letícia Colin no elenco. Em outra live, entre Mariana Ximenes e Edson Celulari, Celulari também mencionou que havia sido escalado para o folhetim do autor de “Avenida Brasil”.
Tony Ramos esteve em “Avenida Brasil”, apenas em um capítulo, mas com personagem que impulsionava toda história, e esteve também em “A Regra do Jogo”, do mesmo autor, em uma escalação primordial para a riqueza do enredo.
Dentro da proposta de discutir que nem todo mocinho pode ser o bandido que parece ser, e vice-versa (o que o autor já tinha feito brilhantemente em “A Favorita”, agora em cartaz no GloboPlay), Tony Ramos fechava a trama mostrando-se o escroto que a gente, espectador, foi tentado a acreditar que ele não era, pelas linhas de João Emanuel, matando o mocinho que a gente, espectador, acreditou não ser tão mocinho, Romero Rômulo, papel de Alexandre Nero.
Na conversa com Maria Zilda, Tony lembrou-se ainda de um episódio marcante das gravações de “Grande Sertão: Veredas”(1985), quando ele pisou em um morrote de cupim, segundo lhe avisou o ator Lutero Luís, posicionado atrás dele. Tony era Riobaldo, narrador da obra de João Guimarães Rosa.
“Ouvi aquele barulho e perguntei pro Tarcisão [Meira]: ‘Comprido, que barulho é esse?” “Tenho a menor ideia”, respondeu-lhe Tarcísio, com a faca do personagem entre os dentes.
Logo atrás de mim, Lutero Luís disse pra mim: “Você parou em cima de um morrote de cupim do mato”
Cara, eu fiquei tão nervoso, mas era a última cena, falei: ‘não vou agora fazer nhenhenhém’.
Quando passasse a grua, estaríamos liberados, eu saí daquele lugar, dei um pulo, o [Walter, diretor] Avancini olhou, o Tarcisio ria, fui tirando a roupa, tirando a roupa, e eu sou pródigo em pelos, né? Aí eu fiquei de sunga, com um monte de cupim que entrou pela roupa adentro, e nos pelos, e eu falava todos os palavrões possíveis. O Avancini: ‘Isso é muito bom’. Como bom? A contrarregragem com mangueiras, me dando um banho, um frio, todo mundo riu, e depois fomos comer macarrão com ovo em cima”, finalizou.
Tony disse ainda que “Grande Sertão” é um “divisor de águas” em sua carreira.
Abaixo, os links da conversa, que rendeu dois posts no Instagram de Maria Zilda,