Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

‘Papicha’ ganha live no YouTube do Telecine, em nome do Cabíria Festival

Cena de 'Papicha', título do Cabíria Festival / Reprodução

Para esquentar o Cabíria Festival, evento que incentiva a representatividade das mulheres no audiovisual, o Telecine promove na quinta-feira (19), a partir das 21h, uma live gratuita do filme Papicha, no Youtube: https://youtu.be/XNGO3TnDJgo.

O filme conta a história de Nedjma “Papicha”, uma estudante universitária apaixonada por moda e que, durante a Guerra Civil da Argélia, luta contra a opressão que o governo exerce sobre mulheres.

A classificação indicativa é de 16 anos.

Como parte do conteúdo exclusivo do Cabíria Festival, o público poderá acompanhar, na sexta-feira (20), uma masterclass com Mounia Meddour, diretora do longa-metragem, das 11h às 13h, no YouTube do Telecine: https://youtu.be/aR6hGESx1HQ

Cabíria Festival Mulheres e Audiovisual é dedicado à produção realizada por mulheres e pessoas de identidades de gênero diversas para promover maior representatividade e diversidade nas telas e atrás das câmeras. Em sua 2ª edição, de 18 a 29 de novembro, o formato será online e totalmente gratuito, com uma programação composta por 35 filmes e 22 microfilmes em exibição, além de debates, oficinas, masterclasses e painéis de debates.

Para participar, acesse a programação por meio de cadastro simples nas plataformas Videocamp, para títulos de longas e médias-metragens e Cardume, para os curtas, que terão sessões online seguidas de debate. Painéis, mesas e masterclasses terão lives no  Youtube do festival. Aprogramação completa está no site: www.cabiria.com.br

Realizado presencialmente no Rio de Janeiro em sua primeira edição e agora disponível para todo o país no formato virtual, em atenção às restrições sanitárias do COVID-19, o evento promove um encontro entre audiência, cadeia produtiva e cineastas do Brasil e dos países convidados – Alemanha, Argentina, Canadá, Costa Rica e França – em busca de reflexões, ampliação de redes e impulsionamento de talentos.

A partir do tema “Imaginários possíveis, rupturas em processo”, o recorte da curadoria reforça os desejos de compartilhar a diversidade de atuações no audiovisual. A proposta é estimular o rompimento com ciclos históricos de violência e silenciamento de grupos com pouca representatividade no setor – e na sociedade como um todo -, expressando subjetividades e imaginários que se tornam possíveis através das telas.

A cineasta homenageada nesta edição é Patrícia Ferreira Pará Yxapy, indígena da etnia Mbyá-Guarani, com uma mostra de 11 filmes, incluindo um em que ela mesma é personagem.

O festival é uma expansão do Cabíria Prêmio de Roteiro, que desde 2015 contempla histórias escritas e protagonizadas por mulheres. A edição deste ano recebeu mais de 250 inscrições nas categorias de longa de ficção, argumento infantojuvenil de longa ficção, piloto de série de ficção e documental. As premiadas participarão do Cabíria LAB, entre de 30 de novembro e 5 de dezembro, um ambiente de estímulo ao desenvolvimento das histórias por meio de consultorias.

Marília Nogueira, da Ipê Rosa Produções, e Vânia Matos, da Laranjeira Filmes, são as realizadoras do festival.

A proposta deste ano inclui reflexão sobre métodos e ideias para driblar o corte de financiamentos públicos e privados à cultura, vigente neste governo.

 

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Cristina Padiglione

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