‘Deu Positivo’, documentário nacional na MTV, presta serviço ao tirar o HIV do armário
É de se pensar que um soropositivo tenha boas razões para não sair por aí alardeando que tem HIV. A questão é que hoje, os benefícios em tirar tal condição do armário não só compensam as desvantagens de driblar o estigma social, como auxiliam outros milhões de soropositivos oprimidos. O sofrimento em omitir a Aids pode ser muito maior do que o bônus da transparência, já que os tratamentos contra a doença evoluíram muito e é possível levar uma vida normal.
O primeiro episódio mostra os preparativos do videoclipe de Victor, em São Paulo, para a música tecno gravada por ele, conclamando as pessoas a olharem para si. Disposto a exibir a pluralidade de corpos e rostos que vivem com HIV, ele convida outros soropositivos a entrarem em cena com ele, em um ambiente cenográfico pontuado por cores intensas.
“Enquanto a gente não botar nossa cara e mostrar quem a gente é, mostrar os nossos corpos, nossos rostos, mostrar como a gente vive, as pessoas vão continuar mantendo aquele estereótipo do passado”, afirma ele.
Ao maquiar o criador de conteúdo Gabriel Comicholi, que vai performar com ele no clipe, Victor conta sua história e os dois concordam sobre como a transparência sobre o HIV pode ajudar a reduzir a dor e aumentar a esperança de quem se descobre soropositivo.
Isso certamente ajudaria a encorajar muita gente que nem sequer faz o teste de HIV, ressaltam os dois, com medo do resultado, o que representa um risco para a difusão do vírus. Os dois trocam experiências sobre apoio familiar e falam ainda do conceito I=I (Indetectável = Intransmissível).
No Brasil, mais de 900 mil pessoas vivem com HIV1. Dados publicados pelo Ministério da Saúde mostram que, em 2018, das pessoas que vivem com HIV no Brasil, 85% já fizeram teste; destas, 78% estão em tratamento e, desse percentual, 93% apresentam supressão viral1.
Deu Postivo é um projeto da farmacêutica GSK/ViiV Healthcare coproduzido pela Vbrand e Cine Group com promoção da MTV Brasil.