Vítima da Covid-19, Eduardo Galvão era o típico sujeito boa praça
Perdão pelo adjetivo logo no título, mas Eduardo Galvão era mesmo o típico boa praça. Sossegado, sem históricos de quem se envolve em controvérsias, mas jamais em cima do muro na hora de se posicionar, o carioca, torcedor do Flamengo, foi mais uma vítima da Covid-19, aos 58 anos.
Galvão estava internado no na UTI do Hospital Unimed Rio, na Barra da Tijuca e havia sido intubado na quarta-feira (2).
Segundo amigos e a filha, Mariana Galvão, o ator vinha apresentando melhoras sutis desde o fim de semana, mas seu estado piorou na tarde desta segunda-feira (7) em razão de uma pneumonia.
Entre as várias novelas que fez, sempre como um coadjuvante capaz de interferir na trama central, está “As Pupilas do Sr. Reitor” (1994), no SBT, onde foi Fernão de Ribeira da qual também participei, daí a percepção de bastidores que tenho sobre ele, afável, camarada, tranquilo, boa prosa.
Dono se sorriso largo, boa pinta, Galvão surgiu para a fama como Paschoal Papagaio em “Despedida de Solteiro” (1992), de Walther Negrão, embora tenha passado antes por “Araponga” (1990), de Dias Gomes”, e “Salvador da Pátria” (1989), de Lauro César Muniz.
Sua novela mais recente foi “Bom Sucesso (2019), onde viveu o Dr. Machado. Traalhou ainda em produções da Record, do Multishow, da Band e da HBO, na série “Magnífica 70”, produção da Conspiração Filmes.
Entre 1992 e 2019, esteve em 33 títulos só na TV, somando séries e participações breves. Em 2006, encarnou Pedro, o pai do Menino Maluquinho, na série que levou para a TV a obra de Ziraldo. Fez “O Clone”, “Chiquinha Gonzaga”, “Porto dos Milagres”, “Paraíso Tropical”, “Insensato Coração” e “Apocalipse”, entre outras mais.
Esteve em sete filmes nos cinemas, inclusive na produção sobre a deputada Flordelis, agora acusada de ter matado o marido. Fez ainda os dois longas sobre a vida de Edir Macedo: “Nada a Perder” e “Nada a Perder 2”.
Há uma semana, Galvão ainda postava foto da neta, que acabara de completar 1 ano.