Filhas de Silvio Santos reúnem os 90 anos do pai em livro
Cintia, Silvia, Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata assinam uma bela edição de um livro com mais de mil fotos do pai, Silvio Santos, em homenagem aos seus 90 anos. O aniversário foi no último dia 12.
A edição, em papel couchê, tem 472 páginas e teve mil edições impressas, distribuídas apenas para um seleto grupo de pessoas. Os destinatários recebem junto um simpático cartão das filhas de Senor Abravanel: “”Este livro foi o presente que demos para o nosso pai pelos seus 90 anos. Fizemos mil cópias para presentear e agradecer algumas pessoas que são especiais. Que você receba nosso carinho por ter feito parte dessa história”.
Iris Abravanel assina uma página de declaração de amor logo no início, e cada uma das filhas tem, a seguir, uma página para se declarar ao pai. Dali em diante, embarcamos em um tour de imagens, algumas clássicas, e muitas inéditas, abrangendo a infância e a adolescência de Silvio, a carreira artística e momentos entre amigos, conhecidos e familiares.
Entre os registros, vemos Silvio na primeira mensagem de fim de ano da Globo, ainda em 1971, ao lado de Cid Moreira, Tarcísio Meira, Chacrinha e outros. A legenda informa que foi o primeiro ano ao som de “Hoje é Um Novo Dia”, canção que até hoje embala os votos de Boas Festas da emissora.
Há cenas antológicas com Chacrinha, Hebe Camargo, Cid Moreira, Roberto Carlos, Fausto Silva, Jô Soares, Chico Anysio, Serginho Groisman, Xuxa, Adoniran Barbosa, Ronald Golias e alguns ex-presidentes –uns ainda como candidatos, como são os casos de Fernando Collor e Lula, outros ainda como ministro, caso de Fernando Henrique Cardoso, que esteve no palco de Silvio Santos para falar do Plano Real, moeda que acabaria por impulsioná-lo à presidência.
A edição traz ainda o registro da assinatura da concessão da TVS Canal 4 de São Paulo, que viria a se tornar SBT, e de um almoço promovido pelo então presidente João Figueiredo a Silvio e Adolpho Bloch, a quem havia sido dada, na mesma ocasião, a concessão da TV Manchete. Em outra imagem, vemos Figueiredo e a primeira-dama, dona Dulce, em uma festa, ao lado de Silvio e Iris Abravanel.
Mais de uma centena de capas de revistas endossam a trajetória bem-sucedida do camelô que serviu como paraquedista no Exército, foi radialista, vendedor, animador, dono de televisão e candidato à presidência da República.
As imagens não omitem a cédula de votação onde o voto a Silvio corresponderia ao de Armando Corrêa. Como o patrão entrou na corrida presidencial aos 45 do segundo tempo, em 1989, o documento já estava impresso, mas Senor Abravanel teve a candidatura impugnada por problemas no registro de sua inscrição.
E há momentos que honram sobretudo a classificação de animador de auditório, termo com o qual Silvio mais se identifica em toda a sua trajetória.
A seleção das fotos foi feita por meio de acervos do próprio SBT e de amigos como Carlos Alberto de Nóbrega, Luciano Callegari, Celso Teixeira, de jornais e revistas, além de reproduções de TV.
A organização, nos créditos finais, é atribuída à filha número 3, Daniela Beyruti, e a edição saiu pela Matrix.
Entre os depoimentos, Iris lembra que o marido chegou a ser preso “por ser camelô e por ser menor de idade”. “Apreenderam toda a sua mercadoria. Mas isso não o abateu e você persistiu”, diz.
Daniela avisa que o pai diz que “quem vive de passado é museu”, e faz a ressalva: “Pai, este livro não é para viver do passado, mas para contar essa história linda que você sempre nos contou, só que em forma de fotos. As imagens registram momentos maravilhosos dessa história incrível que hoje faz o seu presente.”
“Quanta honra em ter aprendido com você valores que dinheiro nenhum pode comprar e que fazem de mim quem eu sou”, escreve Cintia, a filha número 1.