Batizado por Hebe como Príncipe, Ronnie Von apresenta especial sobre apresentadora na Band
Com um acervo rico em imagens de grandes apresentadores e encontros musicais históricos, a Band vai se dando conta, diante das restrições da pandemia, que tem muito material em casa para ocupar espaço na tela e contemplar a nostalgia que invariavelmente assalta o público.
Na noite desta quinta-feira, 31 de dezembro, a emissora apresenta um especial com imagens próprias de Hebe Camargo (1929-2012), que passou pela emissora entre 1979 e 1985, antes de iniciar sua longa trajetória no SBT. Para embalar o conteúdo, a emissora convidou Ronnie Von, grande amigo da loira, a apresentar a edição.
Amiga de Ronnie, foi Hebe quem o apelidou de “Príncipe”, ainda no início de carreira, nos idos da TV Record da família Machado de Carvalho.
“Tudo isso começou em um programa de televisão, bem no comecinho da carreira, e ela descobriu que eu era piloto, que eu era aviador, e disse que eu não tinha cara de aviador. Aí eu falei: ‘Mas isso não quer dizer nada, porque afinal de contas, foi criado um personagem muito lírico, muito bonito, de um aviador que sofreu uma pane no deserto, uma coisa muito ruim e tal, e que era um filósofo contemporâneo’. Falei que era Antoine-Marie-Roger de Saint-Exupéry. Ela olhou pra mim e falou: ‘Mas você é a cara do Pequeno Príncipe’. Pronto, acabou aí: ‘Ele não é uma gracinha, a cara do Pequeno Príncipe. É um príncipe!’. Ela achava que eu não tinha cara de piloto, então, me botou o apelido de Pequeno Príncipe, o personagem do Exupéry, que era um piloto. E isso foi bem no comecinho da minha carreira”, lembra ele ao blog.
Era Hebe quem lhe dizia, nos intervalos entre um relacionamento e outro, se uma mulher “prestava” ou não, de modo que Ronnie se permitia ser aconselhado por ela como se fosse um amigo a lhe avisar sobre os romances em que valia a pena investir ou não.
A passagem de Hebe pela Band dá início ao filme sobre a apresentadora no longa-metragem roteirizado por Carolina Kotscho, com direção de Maurício Farias produzido pela Globo. Embora o longa não mostre um recorte muito simpático daquele período, pois narra justamente o modo como ela deixou a emissora, há momentos felizes de Hebe na rede dos Saad e cabe à emissora honrar essa memória.
Quem tem um acervo robusto nesses dias em que a crise sanitária e a crise econômica inibe a produção de cenas inéditas tem mais é que sacudir a poeira de seus arquivos e botar o bloco nostálgico na rua. Está aí o canal Viva que não nos deixa mentir, fechando 2020 na liderança da TV paga, mesmo em um ano recheado de reprises em todas as emissoras.
A edição especial com Hebe, alguém que adorava brindar com champagne, vai ao ar quase na virada do ano, às 22h45