Pedro Andrade está fora do Manhattan Connection
Depois de Diogo Mainardi, Pedro Andrade também deixou o Manhattan Connection. A informação foi confirmada ao blog por Lucas Mendes, âncora e criador do programa, que desde janeiro é exibido ela TV Cultura.
Embora a saída dele tenha sido anunciada por O Antagonista, site de Mainardi, como um ato de solidariedade ao jornalista sediado em Milão —ele foi pressionado a se retirar após xingar no ar o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e anunciou a demissão no dia 4–, Andrade ainda participou da edição da semana passada, no dia 5, quando a nota foi publicada.
Diante da publicação de O Antagonista, no entanto, o próprio Pedro Andrade não se manifestou e Lucas Mendes ainda não tinha convicção sobre sua saída.
Mas nesta quarta (12), o caçula dos integrantes da mesa já não estava mais no cenário nem em reportagem externa, apenas no comercial do intervalo, aliás, um anúncio do patrocinador do Manhattan na TV Cultura.
Novamente consultado pelo blog, Mendes confirmou sua saída. “Acho que Pedro tem outros interesses e não tem volta”, disse o veterano, antecipando que o cenário ainda é instável e “podem surgir mudanças”.
Ao final de uma boa edição, que contou com a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o humorista Leandro Hassum, que estava no cenário em Nova York, ao lado de Caio Blinder e Mendes, o âncora disse: “o gato comeu as outras duas Manhatazanas”.
O apelido é uma criação de Mainardi, que estava no programa desde outubro de 2003, quando ainda era exibido pelo canal GNT, onde a produção nasceu e cresceu. Andrade se juntou ao time em 2009, fechando quase 12 anos de programa. Em 2011, o Manhattan passou a ser exibido pela GloboNews, de onde saiu em dezembro passado.
Assim, a atração conta hoje com apenas dois titulares, Blinder e Mendes, ambos da formação original, que contava ainda com Paulo Francis ((1930-1997) e Nelson Motta, substituído por Lúcia Guimarães em 2001. Arnaldo Jabor também fez parte do time e Ricardo Amorim, que estava na equipe desde 2003, deixou o programa definitivamente quando ele chegou à Cultura, alegando razões pessoais.
No formato desta quarta, em vez de ter apenas dois convidados simultâneos, deixando um eventual terceiro quando um dos dois primeiros saísse, Mendes contou com Hassum e Patrícia ao longo de toda a edição, inclusive quando Marina Silva entrou, por videoconferência, como Campos Mello. Foi um meio de cobrir as lacunas abertas pelos dois apresentadores dissidentes.
O cenário desse elenco ainda é incerto, mas não há pressa de ter novos titulares na mesa. Pelo histórico dos demais componentes ao longo da trajetória do programa, o mais provável é que Mendes e Blinder passem a estudar futuras adesões fixas a partir da chance de experimentar convidados diversos.
No início do ano, ao falar sobre a chegada à Cultura, essa era a premissa para substituir Amorim, por exemplo. Na ocasião, Mendes disse que a ideia era testar economistas como convidados para pensar em um novo nome dessa área, se possível, feminino, a fim de quebrar o Clube do Bolinha vigente desde a saída de Lúcia Guimarães. Angélica Vieira, que trabalha pela realização do programa e em reportagens externas, é a única mulher do elenco, mas quase não aparece.