Produção de ‘MasterChef’ já supera ‘Big Brother’ em número de territórios
Aqui vão dados que o TelePadi apresenta com exclusividade nesse emaranhado circo de realities, games e talent shows que abasetece a TV mundial. Por quase 20 anos, assistimos, lemos e ouvimos falar de todo tipo de formato, alguns com risco de morte e portanto sem novas temporadas (isso não é sarcasmo, convém avisar). Nesse leque de ideias, das mais interessantes às mais bizarras, sempre se ressaltou que nada rendia tantas versões mundo afora como o “Big Brother”, nome inspirado pelo romance de George Orwell, “1984”, cuja leitura este blog recomenda.
Dito isso, vamos à boa notícia, e considero boa porque penso que um formato tenha mais utilidade para o repertório do público do que o outro. O “MasterChef”, reality que instiga o talento de seus participantes para algum ofício – o que o “Big Brother” está longe de fazer – já é realizado em um número maior de territórios do que o reality de confinamento, sempre à espera de uma briga ou uma cena de sexo oprimido pelas câmeras e edredons. Os dois formatos pertencem à mesma empresa, a Endemol Shine, que contabiliza hoje 49 territórios onde já foram realizadas versões do “Big Brother”, no mundo todo, e 58 territórios onde foram feitas edições do “MasterChef”. E o saldo do reality (ou talent show) de cozinha considera apenas as rodadas de competição com adultos amadores, excluindo versões com crianças e profissionais, também realizadas no Brasil. Há ainda uma quarta versão do talent show, o “MasterChef Celebrity”, que não foi feita aqui.
Na planilha da Endemol Shine, “territórioo” não necessariamente significa “país”. Na China, por exemplo, mais de um canal pode produzir versão do programa, visto que as emissoras não têm alcance nacional, apenas regional.
Outro dado que torna o “Masterchef” mais atraente para a produtora de formatos diz respeito ao licenciamento de produtos. No Brasil, a Globo Marcas chegou a licenciar edredons, bonés, camisetas e outras quinquilharias do “BBB”, mas a gama de produtos que podem se chancelados com a grife do “Masterchef” é bem maior. Todo utensílio de cozinha pode ser vendido com o selo do programa, com êxito – haja visto o sucesso das facas vendidas pelo Carrefour, patrocinador do show aqui pilotado por Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça. A Avon, empresa de cosméticos, também está envolvida em uma linha de produtos. E assim se dá em outros países.
Por aqui, o “MasterChef” ganha nova edição na Band a partir de março. As escolhas de casting já estão em andamento, para que as gravações comecem ainda em janeiro. Sucesso comercial e bom entretenimento, o título não mostra sinais de esgotamento em curto prazo.