Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Polêmico ‘Último Tango em Paris’ estará no Arte 1

Filme de Bernardo Bertolucci que esteve no centro de intensa discussão nos últimos dias, “O Último Tanto em Paris” estará na tela do canal Arte 1 na madrugada do dia 2 (de 1º para 2 de janeiro), à 0h30.

Recentemente, uma entrevista do diretor a um canal de TV holandesa, de 2013, voltou à tona com força de um debate que não ocorreu três anos atrás, ao ser republicado pelo blog de uma ONG espanhola. Na entrevista, Bertolucci confidencia que Maria Schneider, que fazia par com Marlon Brando no filme, não sabia como seria feita a cena em que ele faz sexo com ela, usando manteiga como lubrificante.

O diretor disse que a atriz o odiava pela forma como planejou o take em que sua personagem era estuprada no filme. Fala que combinou com Brando o uso de manteiga, na mesma manhã da filmagem, sem revelar para a atriz como a cena seria realizada. Seu objetivo era registrar uma reação realista de protesto e raiva da personagem. “A seqüência da manteiga foi uma ideia que eu tive com Marlon na manhã antes das filmagens”, disse Bertulocci na gravação, feita durante um encontro com cinéfilos na Cinémathèque Française. Ele acrescentou que se sentiu horrível pela forma como tratou Schneider, mas defendeu-se, explicando que “queria a reação dela como garota, não como atriz.”

“Eu não queria que Maria interpretasse sua humilhação e sua raiva, eu queria que ela sentisse… a raiva e a humilhação. Então ela me odiou pelo resto de sua vida.”

Em 2007, em uma entrevista do tabloide “Daily Mail”, Schneider admitiu que se sentiu violada pela experiência. “Eu me senti humilhada e, para ser honesta, um pouco estuprada, tanto por Marlon quanto por Bertolucci”, disse . “Após a cena, Marlon nem veio me consolar ou pedir desculpas. Felizmente, foi apenas um take.”

SINOPSE:  Enquanto procura por um apartamento em Paris, um americano, cuja esposa recentemente cometeu suicídio, conhece uma jovem atraente. Na mesma hora, um deseja o outro ardentemente. O casal inicia um relacionamento sexual prolongado, mas puramente anônimo em que eles nem sequer dizem seus nomes, mas os acontecimentos vão fugindo do controle de ambos.

Classificado como drama erótico, o filme tem produção franco-italiana e foi feito em 1972.  Considerado uma obra-prima cinematográfica, foi sucesso de bilheteria mundial e gerou muita controvérsia pela violência sexual e o caos emocional desfilados na fita, inclusive com censura em várias partes do planeta.

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Cristina Padiglione

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