Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Só o Altas Horas para juntar Arnaldo Antunes, Zezé Di Camargo, Alexandre Pires e Almir Sater

Arnaldo Antunes e Zezé Di Camargo assistem à apresentação de Alexandre Pires no palco do Altas Horas / Reprodução Globo

Onde você encontraria Arnaldo Antunes ao lado de Zezé Di Camargo ou Alexandre Pires, com Almir Sater interagindo com esse elenco por meio de vídeo? Escalação improvável para um mesmo show ou festival, os artistas em questão se encontraram e alternaram suas apresentações durante o Altas Horas que foi ao ar neste sábado (26), sob o comando de Serginho Groisman, na Globo.

Antunes ainda se apresentou pela primeira vez com o pianista Vitor Araújo, com quem acaba de lançar o álbum “Lágrimas do Mar”, lindos de se ver e de ouvir, uma comoção só.

Dos acordes ao repertório, foi um contraste e tanto com o estilo de Zezé, que se apresentou sem Luciano, para vender o peixe de “Rústico”, EP criado durante o confinamento da pandemia, em versão solo. Wanessa também apareceu para acompanhar o pai em uma das canções.

E teve Pires, cada vez melhor, com uma banda e um time de dançarinos em coreografia acompanhada por ele, em um repertório de clássicos, tudo muito bom.

Diretamente de sua casa na Serra da Cantareira, Almir falou sobre ser anfitrião da equipe da novela no Pantanal, naquele ritmo e timbre que apazigua qualquer um, e cantou, apenas acompanhado de seu violão, o clássico “Tocando em Frente”. Foi reverenciado pelos músicos presentes no palco.

Foi bonita, a festa, pá.

Assim, na trilha do Liga e Desliga de hoje, sublinho minha escolha do Liga da vez com a edição deste sábado do Altas Horas, disponível no GloboPlay.

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LIGA

Altas Horas, não só pela edição de sábado, mas pelo conjunto da obra: um programa capaz de mesclar tribos, ritmos e artes para todos os gostos, criando uma atmosfera acolhedora a todos e fazendo com que um não se acanhe com a presença de quem lhe parece diferente. A conciliação do pluralismo promovida pelo programa é algo infelizmente cada vez mais raro de se encontrar na TV ou fora dela, e evidencia o quanto é não só possível, mas saudável, conviver com as diferenças.

DESLIGA

Com bons títulos no catálogo, o GloboPlay precisa urgentemente distinguir documentários de propaganda de seus produtos. Que se crie outra aba, outra denominação que não ofenda o termo “documentário”. Não se pode colocar produções como “O Canto Livre de Nara” e “Elza e Mané” no mesmo balaio de produções sobre ex-BBBs ou “Domingão com Huck: A História da História”, cuja premissa de merecer um documentário sequer se sustenta. Como disse alguém no Twitter na noite de sexta (25), quando um Globo Repórter sobre as gravações de “Pantanal” foi ao ar, que falta faz um Vídeo Show na programação.

Veja fotos do doc “O Canto Livre de Nara”

 

 

 

 

 

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Cristina Padiglione

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