Diretor de ‘Justiça’ fala de seu processo criativo ao ‘Ofício em Cena’
Quem se entusiasma com o assunto em voga aqui no TelePadi, a televisão e seus processos de criação, certamente tem no “Ofício em Cena”, da GloboNews, seu programa predileto, ou um dos. Se Bianca Ramoneda é capaz de extrair de seus entrevistados revelações capazes de fazer o público compreender melhor as cenas que tanto aprecia, e de inspirar profissionais da área, o convidado desta terça é imperdível.
Diretor de “Amores Roubados”, “O Canto da Sereia” e “Justiça”, além de integrar os créditos de “Avenida Brasil” como um de seus diretores gerais, José Luiz Villamarim ocupa o foco das atenções nesta última edição do ano. O programa foi excepcionalmente gravado fora do auditório que serve de QG ao programa, para se instalar em um teatro do Rio, onde a trajetória do diretor começou.
Villamarim fala de sua estreia nos cinemas, com o já premiado filme “Redemoinho”’, e da proposta de sempre levar música ao set – não a trilha sonora do produto, ou não necessariamente. A ideia é colocar no ambiente alguma canção que remeta à história ali encenada, despertando a memória dos atores para a situação a ser vivida. “Se eu não acho a música, não acho a cena”, define. “Ela tem que bater, tem que me tocar. E evidentemente vai tocar alguns atores também”.
Adepto ao prazer de emprestar um tom documental à ficção, Villamarim sabe explorar os silêncios na dramaturgia com uma fotografia quase voyeurística e busca nos atores uma entrega que cria uma empatia natural com o público, por permitir que os espectadores se reconheçam na tela. “O ideal é que você nem sinta que tem uma câmera ali te filmando”, explica. Para tanto, evita ensaiar demais. Acredita que o ensaio no set, em excesso, rouba a espontaneidade da atuação.
Vale a conversa: nesta terça, às 23h30, na GloboNews.