Premiada em Cannes, ‘Carcereiros’ vai ao ar em junho só pela GloboPlay
Num feito inédito, a Globo levará ao ar a minissérie “Carcereiros”, que acaba de ser premiada em Cannes, na MIPTV, em primeira mão pela Globo Play, a partir de 5 de junho. Não se trata de um pré-laçamento para aquecer a chegada à TV, como foi o caso de “Dois irmãos”. A exibição pela Globo Play, só para assinantes, ocorrerá meses e meses antes da televisão, prevista só para 2018. Assim, a minissérie baseada no livro homônimo de Drauzio Varela inverte a ordem de prioridades que sempre marcou a Globo e se apresenta com prioridade para a internet, numa espécie de janela premium. Para um grupo que até outro dia receava disponibilizar seu conteúdo na web ou em outra plataforma qualquer, é um avanço e tanto.
“Carcereiros” tem direção de gênero de Guel Arraes, direção geral de José Eduardo Belmonte, texto de Marçal Aquino, Fernando Bonassi e Dennison Ramalho com colaboração de Marcelo Starobinas, numa coprodução da Globo com a Gullane Filmes. O tema não poderia vir mais a calhar: os dilemas e conflitos vividos por agentes penitenciários no Brasil, vistos pela ótica deles, por meio de Adriano, personagem de Rodrigo Lombardi – o papel caberia, inicialmente, a Domingos Montagner, morto em setembro por afogamento, no Rio São Francisco, durante as gravações da novela “Velho Chico”.
Na trama, Adriano é um carcereiro responsável por passar o cadeado e controlar todo acesso às celas de um presídio. Íntegro e avesso à violência, ele tem na palavra sua maior arma. Dela se vale para garantir o mínimo de tranquilidade no ambiente de trabalho, enquanto os dilemas em casa tomam proporções inesperadas até mesmo para quem está habituado a lidar com situações extremas. Em meio ao contexto de risco que enfrenta na prisão, ele ainda precisa buscar maneiras de lidar com as cobranças da sua mulher que quer ter um filho, com sua filha adolescente, e com seu pai que também foi carcereiro.