Bial conversa com Laís Bodansky e Maria Ribeiro na véspera da estreia do estupendo ‘Como Nossos Pais’
Diretora do filme mais premiado dos últimos dois meses, Laís Bodansky senta nesta quarta-feira no sofá mais estofado da TV brtasileira no momento, o de Pedro Bial, com sua protagonista, a igualmente premiada Maria Ribeiro, para falar de Como Nossos Pais, filme que estreia nesta quinta, em todo o País.
Ao fazer uma reflexão sobre pressão e culpa em torno das mulheres, o filme já acumula seis estatuetas do Festival de Cinema de Gramado — entre eles a de melhor filme, direção e atriz. “Eu só penso na roupa que eu vou usar no Oscar”, brinca a protagonista.
Se você é menina, não perca: certamente você se sentirá representada em alguns diálogos, senão em todos.
Se você é menino, idem idem.
“A gente está bem servido de diretoras e roteiristas mulheres”, fala a diretora. “Somos poucas, mas fazemos muito barulho”, analisa.
A escritora Tati Bernardi também entra em cena, para endossar a temática feminina que implora por mudanças na forma de se ver e de se lidar com a mulher.
Para Maria, sua personagem é “uma mulher, mãe de duas filhas, querendo começar de novo no segundo tempo da vida”. Raiva e ressentimento nas relações familiares e a transmissão de valores conservadores de gênero entre pais e filhos são alguns dos assuntos abordados no longa. “Eu queria a Maria no papel principal desde o início”, explica Laís, que assina a quarta obra cinematográfica de sua carreira. “A Maria tem uma força, um tônus na vida, e queria que ela trouxesse isso para o personagem. De levar porrada, levantar e dizer que não aceita isso”, diz. A amiga, que até então só havia trabalhado com diretores homens, agradece: “É um filme que não poderia ter sido escrito de outra forma, apenas por uma mulher”.
Esta jornalista que aqui escreve, que viu o filme na última segunda-feira, atesta que Maria cumpre exatamente os anseios da diretora.
O Conversa com Bial vai ao ar a qualquer momento após o fim do ‘Jornal da Globo’, na Globo.