Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Globo confirma produção de ‘O Sétimo Guardião’, novela de Aguinaldo Silva

O autor Aguinaldo Silva trabalha na novela O Sétimo Guardião para o 2º semestre de 2018

Glória Perez, com sua ótima A Força do Querer, cederá a vez a Walcyr Carrasco no horário das nove da Globo, reservado, na sequência, para João Emanuel Carneiro, que passará o horário a Aguinaldo Silva e seu O Sétimo Guardião.

Essa é  a ordem da fila definida pela Globo no momento.

Embora um ex-aluno, e ao que consta o problema é com um único ex-aluno, de Aguinaldo Silva reivindique que seus créditos constem da criação do folhetim, pelo fato de a sinopse ter sido trabalhada como exercício em sala de aula ministrada pelo autor de Senhora do Destino, a direção da Globo informa que “não há possibilidade” de a trama ser cancelada. A questão do ex-aluno vem recebendo o devido amparo jurídico para sanar qualquer tipo de ameaça à realização da história.

Mais do que preservar a produção de O Sétimo Guardião, a Globo não tem interesse algum em ceder a chantagens do gênero, como se especula por aí. Outros profissionais da casa se empenham em ministrar cursos fora e dentro da Globo, o que sempre foi bem visto pelo meio artístico, dado o empenho de renovar o time de profissionais em campo. E, aulas à parte, não será a primeira nem a última vez que aparece alguém jurando que tal novela lhe pertence. Ceder, nesse caso, seria abrir um grave precedente a outros acusadores de plantão.

Eu mesma já fui amaldiçoada porque não dei ouvidos a um sujeito que jura ter sido plagiado por Marcelo Adnet e Marcius Melhem no Tá no Ar (como se fosse possível comparar Adnet e Melhem a outras figuras). A insinuação se baseava no fato de o acusador ter produzido um piloto (programa modelo) com paródias que o telespectador ia vendo conforme zapeava pelos canais da TV. Mas faltava justamente o conteúdo que nos faz rir do Tá no Ar, ou seja, faltava a essência do humorístico. E faltavam, evidentemente, os atores que nos fazem rir, ambos responsáveis, inclusive, pelo texto final do programa.

É só um exemplo do quão delicada é essa coisa de se apontar o dedo para o outro achando que já teve aquela ideia antes. A direção da Globo trabalha incansavelmente para fugir desse tipo de acusação, calçando-se, cada vez mais, de cautela jurídica para tanto.

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Cristina Padiglione

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