Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Canal Brasil emplaca dois longas em Berlim e chega a 13 títulos em festivais internacionais

Imagem de 'Bixa Travesty', selecionado para o Festival de Berlim

Há poucas semanas, o Canal Brasil emplacou dois filmes na seleção do Festival de Sundance, mostra de cinema independente. Na sexta-feira, o canal encerrou a semana com dois títulos no 68º Festival de Berlim, que ocorrerá entre 15 e 25 de fevereiro. Duas das três produções brasileiras presentes na lista da mostra Panorama, do principal evento de cinema da Alemanha, levam a chancela do canal: “Bixa Travesty”, dirigido por Kiko Goifman e Cláudia Priscilla, sobre a cantora transexual e negra Linn da Quebrada; e “THF – Aeroporto Central (Zentralflughafen THF)”, coprodução com a Alemanha e a França dirigida por Karim Aïnouz, sobre refugiados que vivem no aeroporto Tempelhof, na capital alemã, desativado há uma década.

Desde 2014, quando o drama “Jauja”, de Lisandro Alonso, competiu na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, a presença de coproduções do Canal Brasil vem crescendo com orgulho nos quatro principais festivais do mundo: Cannes, Sundance, Berlim e Veneza.

Em 2015 foram dois filmes (em Berlim e Veneza); em 2016 mais dois (em Cannes e Berlim), e este ano, três filmes nos quatro festivais (dois em Berlim, um em Cannes e um em Sundance). O ano de 2018 já supera a conta anual até aqui, com quatro coproduções já confirmadas (duas em Sundance e até agora duas em Berlim, que ainda não divulgou a seleção completa).

Há coisa de dez anos, eu costumava desafiar as pessoas com a seguinte pergunta: “Quando você sintoniza o Canal Brasil, quanto tempo demora para aparecer na tela uma cena de nudez?” Era uma provocação pela alta concentração de produções da pornochanchada na programação. Nada contra as pornochanchadas, mas era preciso chacoalhar a plateia com cenas que representassem o grande fôlego conquistado pelo cinema nacional. Agora, após alguns anos firmando parcerias, os resultados começam a se impor, não só nos red carpets mundo afora, mas também nas selas de cinema.

“A seleção de ‘Bixa Travesty’ e ‘THF-Aeroporto Central’ para Berlim confirma a tendência da participação das coproduções doCanal Brasil nos principais festivais internacionais do mundo, que vem crescendo de alguns pra cá. Isso reflete o sucesso das apostas do canal em um cinema brasileiro que tem alcance mundial, com linguagem universal e inovadora”, celebra André Saddy, diretor de Conteúdo e Comunicação do Canal Brasil.

Confira a lista de coproduções do Canal Brasil que levaram seus créditos a Cannes, Berlim, Veneza e Sundance, desde 2014

Mostra Un Certain Regard

Jauja – Lisandro Alonso* (premiado pela Federação Internacional de Críticos – Fipresci)

 

Berlim 2015

Mar de Fogo, de Joel Pizzini* (concorreu ao Urso de Ouro como Melhor Curta Metragem)

 

Festival de Veneza 2015

Boi Neon, de Gabriel Mascaro* (ganhou o prêmio especial damostra “Horizontes”)

 

Cannes 2016

Cinema Novo, de Eryk Rocha* (ganhou o prêmio L’Oeil D’Or)

 

Berlim 2016

Mãe Só Há Uma, de Anna Muylaert* (Prêmio Teddy concedido pela revista Alemã Männer)

 

Berlim 2017

Mostra Panorama

Pendular, de Julia Murat* (ganhou o prêmio Fipresci (Federação Internacional de Críticos) de Melhor Filme da mostra Panorama)

Mostra Generation

Não Devore Meu Coração!, de Felipe Bragança (Indicado ao Urso de Cristal )

 

Cannes 2017

Semana da Crítica

Gabriel e a Montanha, dirigido por Fellipe Barbosa * (ganhou os prêmios Revelação e Fundação Gan)

Sundance 2017

Não Devore Meu Coração!, de Felipe Bragança (indicado ao Grande Prêmio do Júri)

 

Berlim 2018

Bixa Travesty, de Kiko Goifman e Cláudia Priscilla

Aeroporto Central (Zentralflughafen THF), de Karim Aïnouz

 

Sundance 2018

Ferrugem, de Aly Muritiba

Benzinho, de Gustavo Pizzi

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Cristina Padiglione

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