A presença de um refugiado sírio no elenco de um “Big Brother”, como acontecerá na edição que estreia hoje, a 18ª produzida no Brasil, pode até ser um fato inusitado para o histórico do programa. Mas há façanhas muito mais imprensáveis nas centenas de edições produzidas mundo afora, somando mais de 60 territórios.
Na Holanda, berço da criação do formato abençoado por John de Mol (fundador da produtora Endemol, que depois se associou à Shine), um parto foi feito dentro da casa e visto pela TV, na mais impressionante cena já gravada em um programa de confinamento (veja o link, abaixo).
A poucas horas da estreia de mais uma edição brasileira, podem amaldiçoar e bater no programa à vontade, mas ele ainda é fruto do formato mais produzido mundo afora, e aqui vão algumas curiosidades sobre o “Grande Irmão”, batismo que vem da obra de George Orwell, “1984”, sobre um mundo em que todos são permanentemente espionados.
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Os canais de redes sociais do “Big Brother” pelo mundo já ultrapassam mais de 50 milhões de seguidores, com mais de 2,5 bilhões de visualizações. Esse número é a soma dos seguidores de Facebook, Twitter, Youtube e Instagram de todas as contas oficiais de “Big Brother” no mundo.
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Em 2017, o “Big Brother” apareceu duas vezes no ranking dos 10 programas de TV mais buscados do ano no Google. “Big Brother Brasil” ficou em 3° lugar nas buscas, ultrapassando as buscas por “Game of Thrones” no ranking.
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Fora do Brasil, o “Big Brother” possui versões spin-off e especiais, como, por exemplo, o “Big Brother Celebrity”, que já foi produzido em 23 territórios como Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e Argentina.
Parênteses pra a Memória da TV brasileira: Na verdade, nosso “Big Brother Celebrity” foi a célebre “Casa dos Artistas”, que o SBT promoveu em 2001 e 2002, num dos maiores golpes de mestre de Silvio Santos (para a Endemol e a Globo, que havia comprado o formato oficialmente, mas ainda não o havia lançado, foi um golpe sujo). Silvio engatou longa negociação com a Endemol, mas, na hora em que um dos executivos ia assinar o contrato, na sede da empresa, em Amsterdã, o patrão ordenou, por telefone, que a operação fosse abortada. De posse de todas as informações sobre o formato, ele produziu a “Casa dos Artistas” aqui, juntando Supla, Bárbara Paz, Alexandre Frota, Matheus Carrieri e Mari Alexandre sob o mesmo teto. Para não azedar o negócio, não houve lançamento nem aviso prévio. A casa usada como cenário era real, colada à casa do próprio Silvio Santos, e submetida a longa reforma para se adequar ao programa. A repentina estreia já surpreendeu os telespectadores, a ponto de derrotar o “Fantástico” no Ibope, desde a primeira edição.
Outra curiosidade: a reforma da casa coincidiu com o sequestro de que Patrícia Abravanel foi vítima, em 2001, e com a invasão do sequestrador à casa do próprio Silvio, o que levou um batalhão de repórteres e fotógrafos para a frente dos dois imóveis. Naquele contexto, o dono do SBT teve que se cercar de cuidados extras para quem ninguém notasse que bem ao lado de sua casa, outra história secreta estava em andamento.
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O “Big Brother”, como já dissemos, televisionou um parto. O primeiro bebê que nasceu no programa foi no ano de 2005, no “Dutch Big Brother”. A participante Tanja deu à luz Joscelyn Savanna, de parto mais que natural, numa sequência impressionante. O nascimento foi televisionado em uma edição especial do programa. Na ocasião, o Ministério de Assuntos Sociais da Holanda proibiu a transmissão do parto ao vivo, mas permitiu que a criança fosse mostrada brevemente pelas câmeras – uma única vez por dia, pelo período de apenas oito dias. Só na Holanda mesmo.