Adnet desafia Hassum a fazer William Waack sorrir
Melhor edição do “Adnight” apresentada até aqui, o programa com Leandro Hassum no centro do foco trouxe alguma ousadia extra em relação aos anteriores. Tudo bem que Marcelo Adnet e equipe tenham brincado, na ocasião em que anunciavam a estreia, que o maior objetivo da nova atração era fazer William Waack sorrir. O jornalista, com seu “Jornal da Globo”, entra no ar logo a seguir.
A piada com a sisuda fachada do jornalista, no entanto, ganhou tom de game na edição com Hassum. Com um retrato ampliado do jornalista no palco, Hassum foi desafiado a fazer um stand up que conseguisse arrancar do rosto de Waack um sorriso. “E até que ele estava num bom dia, quando fez essa foto, né, porque ele tem uns… Ah, deixa pra lá”, “É”, respondeu Adnet, entendendo que seu convidado pudesse mencionar as famosas olheiras do âncora.
Missão dada, missão cumprida, pelo menos na ficção. A produção do programa logo trocou a imagem de Waack por outra, com sorriso, quando Hassum contou uma piada de gordo em banheiro de avião.
Com participação de Marco Luque e Wellington Muniz, o Ceará, o “Adnitht” expôs, em boa dose, o quanto a TV aberta pode estar mais aberta ao humor do que a TV fechada. Ceará e Luque, ambos com um pé no Multishow, levam à TV paga um humor de bordões, mais clássico que o próprio “Adnigth” e o “Tá No Ar”.
Adnet também se viu rindo de si, quando Luque lembrou que beijou na boca uma colega de bancada, na época do “CQC”. Naquela ocasião, a mulher de Adnet, Dani Calabresa, debochava da repercussão de uma traição do marido, flagrada por um papparazzo. E tascava um beijo na boca de Luque, mais cenográfico que real, vá lá. “Eu lembro disso”, rebateu Adnet a Luque.
No fim das contas, nada melhor que rir de si.
Pouco depois do “Adnight”, Hubert, Cláudio Manoel, Beto Silva e Hélio De La Peña lembraram, no “The noite”, de Danilo Gentili, ótimas histórias e todo o contexto que fez deles os mais livres do humor em determinada época,na TV, e os mais censurados, em outra época, já nos últimos cinco anos do programa. Era o controle interno da Globo à época, com outra direção e conceito, que vetava sátiras de comerciais e parte do trânsito que haviam conquistado no Congresso.