Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Ainda dá tempo de se inscrever para o Fundo Vozes Negras, do YouTube

Programa prevê investimento mundial de US$ 100 milhões ao longo de três anos / Reprodução

Termina nesta sexta (9) o processo de inscrições para Fundo Vozes Negras, iniciativa mundial promovida pelo YouTube para apoiar brasileiros que receberão recursos para investir em produção de conteúdo em seus canais. E não é que o portal do Google esteja buscando vídeos que contemplem a comunidade afrodescendente por ser meramente bonzinho, não. Acontece que o mercado publicitário de modo geral tem finalmente despertado para a necessidade de se levar às telas a representatividade que sempre lhes faltou nesse quesito, atendendo ao alto consumo de 54% da população brasileira, que se encaixa nas definições de negros e pardos.

O programa é aberto a criadores e artistas que querem fazer parte do grupo local que receberá recursos para a produção de conteúdo em seus canais em 2022. Os interessados podem fazer seu registro por meio deste link.

A primeira lista com 35 brasileiros contemplados, anunciada em janeiro de 2021, incluiu nomes como Ana Paula Xongani, Dois por Cento TV, Spartakus, Gabi Oliveira, Nátaly Neri, Profa Rafaela Lima e 10ocupados, além dos artistas Mc Carol, Péricles, Urias e Rael.

Os criadores selecionados, que serão anunciados no início de 2022, trabalharão em estreita colaboração com o YouTube para desenvolver seus canais. Isso incluirá suporte dedicado do YouTube e um valor de financiamento para investir na estrutura do canal.

Os selecionados também participarão de programas de networking e treinamentos personalizados da Incubadora de Criadores do YouTube, uma experiência imersiva de três semanas que conta com workshops virtuais para ajudar em produções e na administração do negócio.

Anunciada em 7 de outubro de 2020, a iniciativa representa um compromisso global do YouTube para elevar e incentivar criadores e artistas negros na plataforma, bem como a produção e aquisição de novos programas do YouTube Originals com foco em justiça racial e na experiência negra.

Segundo o Google, ao todo serão US$ 100 milhões dedicados a amplificar e desenvolver vozes e histórias negras no mundo todo.

O YouTube assumiu o compromisso de manter o fundo ativo por pelo menos três anos, com expectativa de investimento em mais de 500 criadores.

O mercado audiovisual nunca se empenhou com tantos programas dispostos a incentivar a revelação de talentos negros na criação. Além de desenvolverem projetos nesse sentido, as plataformas e canais de conteúdo, assim como a publicidade, também têm cobrado das produtoras a presença de negros na frente e por trás das câmeras.

 

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Cristina Padiglione

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