Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Alexandre Nero endossa manifestação de Sabatella contra machismo

Alexandre Nero

Sem precedentes na história do entretenimento no Brasil, o caso José Mayer-Susllem Tonani, figurinista assediada por ele nos bastidores das gravações de “A Lei do Amor” passará para a história como uma referência das mudanças de um mundo em profunda transformação. Atrizes de todos os naipes vestiram hoje a camisa #MexeuComUmaMexeuComTodas e a Globo se pronunciou publicamente em apoio a uma colaboradora, em detrimento de um grande astro da casa. Quando se viu algo semelhante antes? O episódio há de marcar um novo comportamento nos bastidores da maior produtora nacional de entretenimento, reduto marcado por galãs que muitas vezes agiram achando que tudo podiam, com chances nulas de serem rejeitados nos seus desejos. Amém.

Entre as várias manifestações não sobre o caso em si, mas sobre o que ele representa, inclusive dentro dos estúdios de televisão e cinema, onde as “gracinhas” de um galã podem ofender alguém, mas são invariavelmente tratadas às gargalhadas pelos bajuladores a sua volta, Letícia Sabatella publicou texto em seu perfil nas redes sociais, com endosso do ator Alexandre Nero, que compartilhou o manifesto da colega com a frase: “A nós, homens, só nos resta ouvir, apoiar e aprender”.

nerosabatella

Eis o texto de Letícia:

“Não mais a Cultura do machismo.
Uma cultura que precisa ser transformada urgentemente.
Através de Alertas como este.
Esclarecimento, reavaliação, pedido de desculpas, punições necessárias.
Precisamos de uma mudança de olhar.
Vigiar o ego sobre a sensação de superioridade sobre o outro.
Quando sentimos medo ou desconforto , não produzimos tão bem, não conseguimos criar tão bem, somos podados em nossa expontaneidade e na nossa criatividade.
Basta de opressão. Basta de humilhação.
Somos colegas de trabalho, somos amigos, somos parceiros, muitas vezes irmãos, parentes próximos, vizinhos. Não há nenhum ” monstro” e nenhuma ” louca”. São nossas irmãs, são nossos irmãos.
Precisamos nos aprimorar como sociedade e a diferença de gêneros seja a única diferença. Temos desejos, temos necessidades e capacidade comuns e incomuns independente de gênero. Respeitemo-nos.
No mais Amor, Justiça e Paz!”

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Cristina Padiglione

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