Babu e João Luiz se juntam ao ‘Trace Trends’, programa afro, agora no GloboPlay
Programa que é muito mais que um espaço para a cultura afro, o Trace Trends deixou a RedeTV! e agora está abrigado pelo GloboPlay, com sinal aberto a não assinantes, e pelo canal pago Multishow. A proposta aqui é dar à negritude um protagonismo que enalteça o empreendedorismo, a superação e a cultura black, passando pela música, pela moda, pelas artes plásticas, pela literatura, pela dramaturgia e por todas as manifestações capazes de valorizar suas origens.
Na nova casa, os apresentadores Alberto Pereira Jr. e Xan Ravelli ganham a companhia dos ex-BBBs Babu Santana e João Luiz Pedrosa. Ad Júnior, gerente de marketing da Trace Brasil, que comandava o programa com Alberto na RedeTV!, segue na atração com um quadro próprio.
O Trace Trends ganhará edições inéditas às quartas-feiras, no GloboPlay, a partir de 23 de junho, com exibição na grade do Multishow às sextas, às 17h, a partir do dia 25.
Professor, João Luiz apresentará o quadro Educação, com histórias, projetos e iniciativas desenvolvidas por jovens das diversas periferias do Brasil nas áreas de educação e ciência.
Já Babu, que deu ótimas aulas sobre racismo na casa do “BBB 20”, comandará a seção Fala, Babu, em que compartilhará experiências pessoais e responderá a dúvidas do público, com conselhos, dicas e reflexões também trazidas por convidados.
Ad celebra a nova parceria como um reforço ao “ineditismo, com a proposta de transmitir um conteúdo inovador, com linguagem universal, para que todas as pessoas se sintam incluídas e possam enxergar a pluralidade do nosso país”.
Na troca de uma estação por outra, o Trace também ganha um podcast, que estreia no dia 6 e irá ao ar às quintas-feiras, com apresentação de Kenya Sade e participação de Alberto Pereira Jr. e Ad Júnior, mais um convidado por edição. A ideia é comentar os assuntos da semana e abrir espaço às novas vozes da cultura afrourbana.
Nascida na França, em 2003, Trace é marca presente hoje em mais de 120 países, com potencial de alcance de 350 milhões de pessoas. Daí sua força junto a grandes anunciantes, inclusive no Brasil, onde, por décadas a fio, o poder de consumo dos negros foi muito subestimado, para não dizer ignorado.
Na mudança para o Grupo Globo, a Trace poderá também desenvolver produtos de branded content, embalando novas ideias de entretenimento encomendadas por patrocinadores.
Afrodescendentes são pelo menos 54% da população brasileira e formam uma massa de consumo cada vez mais relevante. À parte a condição financeira de um público em geral mal remunerado por todo um conjunto de atrasos sociais no país, o mercado publicitário percebeu recentemente que muitos deles só não consumiam mais porque não se viam representados nos anúncios nem nos produtos expostos nas propagandas.
O Trace Trends carrega também para o menu do GloboPlay os mais de 70 episódios feitos na RedeTV! desde 2019, que somam participações de alta representatividade afro, como Zezé Motta, Paula Lima, Thiaguinho, Adriana Barbosa, liniker, Luana Génot, Jeniffer Nascimento, Kl Jay, Djamila Ribeiro, Renné Silva e Jefferson De, entre outros.
Em agosto passado, conversei longamente com Alberto e Ad sobre o programa e o canal da marca, Trace Brazuca, disponível nas principais operadoras de TV paga. Os números estampados pelo sucesso da iniciativa são impressionantes, mas, sobretudo, causam impacto pela invisibilidade com que a cultura negra era tratada até bem pouco tempo atrás, num país tão preto como o nosso.
“Este passo consolida a visão pioneira da Trace quando decidiu aterrissar no Brasil”, diz Zizo Papa, CEO e sócio da Trace Brasil, autor da iniciativa de trazer a marca ao país, ao lado de Ad Júnior. Ex-CEO do Cannes Lions, Papa celebra a presença da Trace no Grupo Globo: “Ter o principal grupo de mídia da América Latina e um dos maiores do mundo nos ajudando a levar adiante nossa missão mostra a importância de refletir o Brasil como ele realmente é.”
A parceria é também um excelente negócio para a Globo, que está mais do que nunca interessada em ampliar a diversidade na tela, certa de que é necessário multiplicar a identificação do telespectador com o conteúdo exposto na sua vitrine.