Bial inaugura o ano com Woody Allen, alguém que vale ser ouvido
Pedro Bial volta ao ar nesta segunda-feira (8) inaugurando o ano com incontestável grife. A conversa de estreia de 2021 é com Woody Allen, cineasta que tem sido alvo do cancelamento puxado pelo movimento feminista Me Too desde que sua filha adotiva, Dylan, reacendeu uma denúncia de abuso sexual contra ele.
O enredo remonta a 1992 e já foi alvo de julgamentos, tendo Allen sido inocentado nos tribunais.
Allen tem perdido contratos com estúdios e streaming. A Amazon cancelou quatro filmes acordados com ele, incluindo um que já estava pronto.
Bial conversa com o diretor e músico -ele tem uma banda de jazz que costumava se apresentar regularmente em Nova York, cartão-postal de tantos filmes seus- e fala sobre as acusações de abuso, lógico, visitando também sua carreira por meio da autobiografia lançada em 2020, também alvo de boicote.
Criado em 2017 para a vaga tão consagrada por Jô Soares, o Conversa com Bial foi conquistando mais e mais relevância a cada ano, alcançando um novo status de importância após a revelação dos crimes do falso médium João de Deus. O vasto material rendeu até um excelente documentário para o GloboPlay, “Em Nome de Deus”.
Em 2020, por causa da pandemia, o Conversa aderiu ao formato remoto, o que propiciou um resultado ainda melhor do que as entrevistas feitas em estúdio, com plateia presencial. Com entrevistados e entrevistador em suas respectivas casas, o filtro naturalmente imposto diante de um auditório se reduziu e a prosa fluiu melhor.
Que venham boas conversas em 2021, e Allen é um bom prenúncio para tanto.