‘Boas-Vindas’ ganha nova safra: engenharia de TV se reinventa, com direito a parto
O GNT põe no ar nesta sexta-feira (7), às 23h, a 13ª temporada da série “Boas-Vindas”, que versa sobre maternidade, de preferência em seu ciclo inicial, ou seja, sempre se pode esperar por uma barriga gigante e alguma cena de parto no programa, um afago para esses tempos de tantas notícias ruins.
Mas a nova temporada foi gravada antes da pandemia? Não. Aí é que está.
As restrições ao trabalho dito normal têm revelado quem tem talento, disposição e paciência para produzir e fazer acontecer mesmo quando as portas e janelas de casa estão fechadas. A equipe da Cinegroup, produtora do programa, deixou nas casas dos personagens um kit com ring light, aquele refletor em forma circular que emoldura o celular, e projetor para jogar na parede imagens da cria e dos pais enquanto a entrevistada dá o seu depoimento.
Cenas alcançadas por drones deram conta de imagens ótimas, que não seriam possíveis em condições normais, nos jardins das casas ou de sacadas. São as circunstâncias fazendo profissionais redescobrirem novas possibilidades. Viva o novo normal.
Jorge Bispo fotografou os personagens com recursos remotos, e temos até a chance de ver como isso funciona no primeiro episódio. O programa é uma inspiração à superação de dificuldades de produção nesse período de tantas restrições.
No episódio de estreia, temos Aline Wirley, cantora (ex-Rouge), falando do pequeno Antonio, seu filho com o ator Igor Rikli, e a mãe expressa muita comoção quando o garoto conta que caiu seu dente. Outra personagem é a cenógrafa Dani, casada com o profissional de efeitos especiais Diego, com imagens da barriga a crescer, as angústias de pais de primeira viagem e toda a preparação para o parto e a chegada de Gael, cabeludo que só vendo, em imagens fornecidas pelo casal para a edição do programa.
A proposta da série é de impressionar mães ou não mães, recentes ou não, pais e até quem não tem filhos. Afinal, somos todos fruto de algum parto e as histórias guardadas nos álbuns de família invariavelmente geram conversas.
Mães já ligeiramente calejadas, como é o meu caso, assistem a toda a comoção dos primeiros dias mostrados no programa com largo afeto e sorriso congelado na cara, é um momento e tanto. Sim, dá muita saudade, e faz até a gente lembrar quando deixou de ter uma noite tranquila de sono. Ditado de mãe martela: “depois que pari, nunca mais dormi”. Mas vale a pena.
Boas-Vindas: Sextas, às 23h, no GNT
