Caso Waack: deu no ‘New York Times’, em longo texto que cita escravidão no Brasil
Publicação jornalística que consta entre as mais e mais respeitadas do mundo, o jornal “The New York Times” repercutiu em longo texto o episódio ocorrido aqui com William Waack, em sua edição da última sexta, dia 10.
Sob o título ‘It’s a Black Thing’: Offensive Quip Becomes a Rallying Cry in Brazil’, a matéria narra o caso em que o âncora da mais importante rede de TV do País foi suspenso pela emissora, após a circulação, na internet, de um vídeo em que ele aparece fazendo aparente comentário racista. Conta que outro âncora (no caso, Renata Lo Prete) apresentou a edição daquele dia, dizendo que a Globo é “visceralmente contra o racismo”.
A matéria lembra que o Brasil tem uma robusta herança escravagista, tendo sido o maior mercado de escravos do mundo e o que país que mais demorou a abolir a prática na América. Observa que os negros batem os brancos como vítimas de violência, ganham salários inferiores, na média geral, e só recentemente passaram a ter representatividade em áreas profissionais antes inatingíveis para eles, como universidades, papéis relevantes em artes dramáticas e política – embora mais da metade da população se identifique com as cor negra.
O texto informa ainda que a Globo tem se esforçado para promover ações em combate ao racismo em novelas e outros programas. E apresenta Waack como um respeitável jornalista, com histórico de coberturas dos conflitos no Golfo Pérsico e da queda do Muro de Berlim.