Ceará erra na escolha por Mick Jagger e Di Ferrero rouba a cena no ‘Show dos Famosos’
Dono de grande potencial para imitar e reproduzir o gestual de famosos de todos os naipes, Wellington Muniz, o Ceará gerava muitas expectativas para o “Show dos Famosos”, que teve sua terceira temporada estreando neste domingo.
Mas Ceará errou de cara na escolha do artista a ser homenageado. Mick Jagger é alguém muito presente no imaginário do público. Imitar Celly Campello, como fez Mel Franckowiak, seria algo muito mais inteligente, e as notas dela foram superiores, com razão.
Ceará errou ao pensar em Jagger como alguém “caricato”, como chegou a mencionar sobre seu modo de dançar.
Ceará é um sucesso pelas caricaturas exageradas (lembrando que “caricatura”, em si, já pressupõe exagero). Faltou aqui traquejo de ator para a performance, faltou voz, faltou respeito à dança do Jagger e, por fim, tudo isso comprometeu também a performance vocal. O make up remetia mais a um Evandro Mesquita daqui a 20 anos do que a Jagger.
A dança de Jagger nada tem de caricata, é pura expressão de uma energia invejável para um senhor de 75 anos. Não ficou bom. Os jurados lhe presentearam com 9,7.
A abertura do “Show” foi com a cantora Solange Almeida, que atiçou o afeto da plateia ao cantar “Panela Velha”, de Sérgio Reis, mas não comoveu.
Por fim, Di Ferrero chegou como Bruno Mars, hit contagiante, coreografia contagiante, vocal de cantor de fato, e arrebatou a plateia. Foi quase uma covardia – não fosse ali a presença de Solange, também cantora.
A performance de Di Ferrero, última deste primeiro dia de rodada do “Show dos Famosos”, ganhou todo mundo. Sua nota bateu a dos demais, seguida por Mel, Solange e Ceará, a quem a gente espera reencontrar mais maduro e esperto dentro de duas semanas, quando este time volta a apresentar seus números para a competição.