Canal Brasil emplaca dois longas em Berlim e chega a 13 títulos em festivais internacionais
Há poucas semanas, o Canal Brasil emplacou dois filmes na seleção do Festival de Sundance, mostra de cinema independente. Na sexta-feira, o canal encerrou a semana com dois títulos no 68º Festival de Berlim, que ocorrerá entre 15 e 25 de fevereiro. Duas das três produções brasileiras presentes na lista da mostra Panorama, do principal evento de cinema da Alemanha, levam a chancela do canal: “Bixa Travesty”, dirigido por Kiko Goifman e Cláudia Priscilla, sobre a cantora transexual e negra Linn da Quebrada; e “THF – Aeroporto Central (Zentralflughafen THF)”, coprodução com a Alemanha e a França dirigida por Karim Aïnouz, sobre refugiados que vivem no aeroporto Tempelhof, na capital alemã, desativado há uma década.
Desde 2014, quando o drama “Jauja”, de Lisandro Alonso, competiu na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, a presença de coproduções do Canal Brasil vem crescendo com orgulho nos quatro principais festivais do mundo: Cannes, Sundance, Berlim e Veneza.
Em 2015 foram dois filmes (em Berlim e Veneza); em 2016 mais dois (em Cannes e Berlim), e este ano, três filmes nos quatro festivais (dois em Berlim, um em Cannes e um em Sundance). O ano de 2018 já supera a conta anual até aqui, com quatro coproduções já confirmadas (duas em Sundance e até agora duas em Berlim, que ainda não divulgou a seleção completa).
Há coisa de dez anos, eu costumava desafiar as pessoas com a seguinte pergunta: “Quando você sintoniza o Canal Brasil, quanto tempo demora para aparecer na tela uma cena de nudez?” Era uma provocação pela alta concentração de produções da pornochanchada na programação. Nada contra as pornochanchadas, mas era preciso chacoalhar a plateia com cenas que representassem o grande fôlego conquistado pelo cinema nacional. Agora, após alguns anos firmando parcerias, os resultados começam a se impor, não só nos red carpets mundo afora, mas também nas selas de cinema.
“A seleção de ‘Bixa Travesty’ e ‘THF-Aeroporto Central’ para Berlim confirma a tendência da participação das coproduções doCanal Brasil nos principais festivais internacionais do mundo, que vem crescendo de alguns pra cá. Isso reflete o sucesso das apostas do canal em um cinema brasileiro que tem alcance mundial, com linguagem universal e inovadora”, celebra André Saddy, diretor de Conteúdo e Comunicação do Canal Brasil.
Confira a lista de coproduções do Canal Brasil que levaram seus créditos a Cannes, Berlim, Veneza e Sundance, desde 2014
Mostra Un Certain Regard
Jauja – Lisandro Alonso* (premiado pela Federação Internacional de Críticos – Fipresci)
Berlim 2015
Mar de Fogo, de Joel Pizzini* (concorreu ao Urso de Ouro como Melhor Curta Metragem)
Festival de Veneza 2015
Boi Neon, de Gabriel Mascaro* (ganhou o prêmio especial damostra “Horizontes”)
Cannes 2016
Cinema Novo, de Eryk Rocha* (ganhou o prêmio L’Oeil D’Or)
Berlim 2016
Mãe Só Há Uma, de Anna Muylaert* (Prêmio Teddy concedido pela revista Alemã Männer)
Berlim 2017
Mostra Panorama
Pendular, de Julia Murat* (ganhou o prêmio Fipresci (Federação Internacional de Críticos) de Melhor Filme da mostra Panorama)
Mostra Generation
Não Devore Meu Coração!, de Felipe Bragança (Indicado ao Urso de Cristal )
Cannes 2017
Semana da Crítica
Gabriel e a Montanha, dirigido por Fellipe Barbosa * (ganhou os prêmios Revelação e Fundação Gan)
Sundance 2017
Não Devore Meu Coração!, de Felipe Bragança (indicado ao Grande Prêmio do Júri)
Berlim 2018
Bixa Travesty, de Kiko Goifman e Cláudia Priscilla
Aeroporto Central (Zentralflughafen THF), de Karim Aïnouz
Sundance 2018
Ferrugem, de Aly Muritiba
Benzinho, de Gustavo Pizzi