Chefs veem melhor nível de candidatos no 4º ‘Masterchef’ de amadores
A próxima temporada do “Masterchef Brasil” não é composta por profissionais, como a última. Mas o nível dos amadores da vez, prometem Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin, chefs do precioso júrio do programa, mais a apresentadora, Ana Paula Padrão, é o melhor já encontrado pelo programa. “Estamos na quarta temporada de amadores e já na sexta, contando todas as versões. As pessoas já vêm mais preparadas, já têm uma sacada do que é o programa”, conta-me Fogaça. Ana Paula acrescenta: “acho que é normal que o nível da temporada seguinte tenha alguma influência da temporada anterior, as pessoas ficam muito impressionadas com o nível do que foi visto e, nesse caso, a temporada anterior foi de profissionais, então, é normal.”
A edição da vez estreia em 7 de março, na Band, com 75 candidatos submetidos a um mata a mata de eliminação, até gerar o time de 21 cozinheiros que vão de fato disputar as provas que valem o grande prêmio, agora elevado para R$ 200 mil. A redução de 75 para 21 será feita por meio de provas entre duplas, com preparação de pratos que não requerem muito tempo.
A profusão de marcas que estão pagando por um lugar na prateleira desta edição endossa por que o programa é um sucesso e mantém seu fôlego de engajamento em redes sociais, com liderança folgada no ranking do Kantar IBOPE Media que mensura a repercussão de programas de TV no Twitter. Visto também pelo Discovery Home & Health, parceiro da Band na produção do programa, o “Masterchef Brasil” endossa, na tela do canal pago, sua sobernaia sobre versões de outros países, exibidas pela mesma Discovery Home & Health. É a oportunidade que se tem para comparar o que temos com o que é feito lá fora, dentro de um mesmo formato. Ouso dizer ao staff que a análise combinatória entre os três jurados, somada à sintonia da apresentadora, é seu grande trunfo. Conterrâneo de Paola, o diretor, Patrício Díaz, tratado carinhosamente como “Pato” pela equipe, concorda. Atesta que a química entre eles é orgânica desde o início. “Não há por que forçar situações que não sejam deles, cada um tem o que acrescentar”, diz o argentino. “Vejo às vezes versões em que o chef joga panela no lixo, faz toda uma cena, eu prefiro trabalhar com o que eles de fato são, não precisamos de outros apelos”.
Pergunto ainda aos chefs se eles esperavam ser tão confrontados como foram pelos candidatos da última edição, composta por profissionais de cozinha. “É normal, eles são profissionais, estão aqui dando a cara a bater, têm um nome a zelar”, diz Jacquin. “É muito mais fácil para os amadores virem a um programa e arriscarem. Para os profissionais, é difícil”.
“Aqui, eles não têm auxiliar, eles têm tempo para entregar o prato, estão sob muita pressão”, completa Paola. “Mas, como diz a Ana Paula, é na pressão que a gente conhece as pessoas. E essa pressão toda faz com que o resultado do que é entregue a nós nos permita fazer uma avaliação ainda mais precisa”, completa. Pergunto se eles, no início de carreira, topariam participar de um “Masterchef”. “Mas nem pensar”, ela responde, rindo, acrescentando que, na verdade, participou de muitos concursos até ser reconhecida. A presença das câmeras, no entanto, e a repercussão do programa, admitem eles, pesa muito na coragem dos profissionais que se dispõem a participar. A Band já prepara uma próxima edição de profissionais, aliás, prevista para ir ao ar ainda este ano, no segundo semestre.
A quem fica, bom apetite.