Dificuldade de produção causou adiamento de novela sobre D. Pedro 2º
A Globo passou “Éramos Seis” na frente de “Nos Tempos do Imperador” porque a produção de uma é mais complexa que a da outra.
Embora estejamos falando de duas histórias de época, ambas previstas para a faixa das 18h, “Nos Tempos do Imperador”, como foco na trajetória de Dom Pedro 2º, remonta ao século 19 e pede mais dedicação ao trabalho de pesquisa e reconstrução histórica que o romance de Maria José Dupré, autora do original que já rendeu quatro versões para a TV brasileira.
As duas últimas versões de “Éramos Seis” partem de uma adaptação feita por Silvio de Abreu, atual diretor de Teledramaturgia da Globo, e Rubens Ewald Filho – a primeira para a Tupi, em 1977, e a outra para o SBT, em 1994, tendo sido a melhor novela já realizada na TV de Silvio Santos até hoje.
A história se passa toda no século 20, nas cercanias da avenida Angélica, em São Paulo, que teve até seus trilhos de trem da época reproduzidos na atual sede do SBT, na Anhanguera.
Irene Ravache foi dona Lola em 94. A personagem foi de Nicette Bruno em 77, e de Cleyde Yáconis em 67.
Agora, Glória Pires dá nova leitura àquela grande personagem.
Uma perda ocorrida com a antecipação de “Éramos Seis” é Nicette, que poderia voltar ao enredo, nesta nova versão, com a memória afetiva de sua Lola. Mas ela está em “Órfãos da Terra”, novela das seis que entrará na sequência de “Espelho da Vida”, no ar atualmente, e não emendará um trabalho no outro.
Mas podemos esperar por Irene Ravache, que está na novela atual e terá uma temporada para descansar.
Outros nomes que estiveram na “Éramos Seis” do SBT e bem poderiam voltar agora, com outros personagens, são: Denise Fraga, Osmar Prado, Jussara Freire, Othon Bastos e Tarcísio Filho, sem falar no elenco infantil daquela produção, como Wagner Santisteban e Caio Blat, que estavam começando.
Foi também em “Éramos Seis” que Ana Paula Arósio, há anos afastada da TV, fez sua estreia como atriz, em uma pequena participação. O SBT passou, a partir dali, a bancar um curso de preparação de atores para a então modelo, por iniciativa do diretor Nilton Travesso, com o professor Beto Silveira, discípulo de Eugênio Kusnet.
Outra curiosidade sobre “Éramos Seis” no SBT foi a participação de Otaviano Costa, sim, o “Ota”, hoje apresentador do “Tá Brincando”, nos sábados da Globo.
O texto de “Éramos Seis”, agora, estará a cargo de Angela Chaves, uma das autoras de “Os Dias Eram Assim”. A direção será de Carlos Araújo.