Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Computação gráfica simula iceberg no Guarujá para nova novela das sete

Edson Celulari, Juliana Paiva e Rosi Campos, de O Tempo Não Para, no navio Albatroz/ Foto: João Miguel Jr./Divulgação

O iceberg onde um navio bate em “O Tempo Não Para”, próxima novela das sete da Globo, fica bem aqui pertinho, no Guarujá, onde jamais uma gota do mar congelou. O milagre é obra da área de efeitos visuais da emissora, que trabalha arduamente em recursos de computação gráfica para simular o iceberg, o bloco de gelo onde a família que viaja no navio ficará por 132 anos e o processo de descongelamento.

Na história de Mario Teixeira, uma família do século 19 embarca em um navio a caminho da Europa, com um desvio breve para a Patagônia, onde a embarcação se choca com um iceberg. O navio naufraga e a família acaba congelada por 132 anos, até chegar à praia do Guarujá nos dias de hoje.

Cerca de 30 pessoas da área de Efeitos Visuais trabalham para colocar em prática o enredo do autor. Foi necessário pensar em toda a estrutura do iceberg, da textura ao formato, até a translucidez e os pequenos cascalhos que caem no processo de descongelamento.

O primeiro a ver o imenso bloco de gelo, que conta com 30 m de comprimento x 17 m de largura x 16 m de altura, na praia de Guarujá, é Samuca (Nicolas Prattes). Para gravar essas cenas, foi colocado um chroma key em alto-mar sustentado por uma balsa de mesma dimensão do iceberg, porém mais baixa, para demarcar a área onde será inserido o bloco de gelo em computação gráfica e orientar o ator durante as tomadas de cena.

O navio completo está sendo modelado em 3D. Também estão sendo simulados virtualmente detalhes como a fumaça do navio, a rachadura no casco feita pelo iceberg, o mar e a reação da água quando bate no barco, gerando onda e espuma.

O início da novela vai mostrar a família ainda pouco antes do embarque, o que requer, da mesma equipe de efeitos visuais, uma bela reconstituição de época: o mar, a Praça XV e as construções do Rio de Janeiro de 1886, quando a viagem começa.

Para marcar a passagem de tempo de 132 anos – de 1886 até 2018 – e o período em que ficam congelados, está sendo desenvolvido um trabalho de grafismo com diversos acontecimentos históricos do período, incluindo imagens das guerras mundiais, de ícones da ciência, da arte e do esporte, entre outros marcos.

A sequência promete ser um bom clipe de aula de História.

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Cristina Padiglione

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