Bordão de Chico Pinheiro vira hit na sexta-feira da Globo
“Como diz o meu amigo Chico Pinheiro…”
Assim começa Tiago Leifert na chamada do “BBB” desta sexta, continuado: “Graças a Deus, hoje é sexta-feira”.
Assim repetem os meninos da bancada do “Vídeo Show”, Rafael Cortez e Joaquim Lopes (ou não repetem: eles até quiseram repetir a frase, mas se atrapalharam, ressalvando um “tamo junto, Chico Pinheiro”).
Valeu a intenção.
A saudação que se tornou uma tradição ao fim do “Bom Dia Brasil” das sextas-feiras, criação do âncora do noticiário, tem sido replicada por outros apresentadores ao longo desse dia da semana. Bom sinal. A plateia se identifica, claro, e se sente em casa. Não há efeito mais cobiçado por uma emissora do que fazer seu público se ver à vontade e representado pelo que lá é apresentado.
Ainda outro dia, ao apresentar do “Jornal Nacional” excepcionalmente em uma sexta-feira, Chico repetiu o bordão ao se despedir, erguendo o gesto de paz e amor nos dedos da mão, como faz ao fim do “Bom Dia Brasil”. Imediatamente, recebeu a bênção dos telespectadores pelo Twitter, com manifestações de aprovação e surpresa: só mesmo ele para quebrar o protocolo de um “Jornal Nacional” e subverter o tom engessado do “Boa Noite” ou “Bom fim de semana”.
Temos daí uma prova do quanto é possível ser coloquial, sem perder a sobriedade necessária a um telejornal de rede na faixa nobre, ou mesmo pela manhã. E já que a saudação se dedica a celebrar o fim de semana, até os ateus apreciam.
Graças a Deus, temos Chico Pinheiro no jornalismo da Globo. Os noticiários da casa muito têm se esforçado para alcançar um tom mais informal, mas nem sempre há êxito e naturalidade nesse propósito. A informalidade de fato não tem efeito quando vem ensaiada.