Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

‘Deu Positivo’, documentário nacional na MTV, presta serviço ao tirar o HIV do armário

Para o multiartista Victor Bebiano, soropositivo, viver com HIV com transparência ajuda a derrubar estigmas. Foto: CineGroup/Divulgação

É de se pensar que um soropositivo tenha boas razões para não sair por aí alardeando que tem HIV. A questão é que hoje, os benefícios em tirar tal condição do armário não só compensam as desvantagens de driblar o estigma social, como auxiliam outros milhões de soropositivos oprimidos. O sofrimento em omitir a Aids pode ser muito maior do que o bônus da transparência, já que os tratamentos contra a doença evoluíram muito e é possível levar uma vida normal.

Esse é o testemunho de um grupo de soropositivos que fala abertamente sobre a questão no documentário “Deu Positivo”, produção da Cine Group que a MTV Brasil leva ao ar  a partir deste 1º de Dezembro, Dia Mundial do Combate à Aids. São três episódios exibidos sempre às 20h, até quinta (3).
A evolução no tratamento contra o HIV promoveu um sem número de vítimas a uma vida normal, muitos deles sem risco de transmitir o vírus e nem por isso descuidados em relação à contaminação.
Coproduzido pela Cine Group com patrocínio de uma farmacêutica, “Deu Positivo” é definido pela MTV como um “doc reality” e é protagonizado por Victor Bebiano, um multiartista de 23 anos que recentemente viu os benefícios de tornar público sua sorologia. Há dois anos, ele namora com o cenógrafo e aderecista Guilherme Custódio, formando um casal sorodiscordante.

O primeiro episódio mostra os preparativos do videoclipe de Victor, em São Paulo, para a música tecno gravada por ele, conclamando as pessoas a olharem para si. Disposto a exibir a pluralidade de corpos e rostos que vivem com HIV, ele convida outros soropositivos a entrarem em cena com ele, em um ambiente cenográfico pontuado por cores intensas.

“Enquanto a gente não botar nossa cara e mostrar quem a gente é, mostrar os nossos corpos, nossos rostos, mostrar como a gente vive, as pessoas vão continuar mantendo aquele estereótipo do passado”, afirma ele.

Ao maquiar o criador de conteúdo Gabriel Comicholi, que vai performar com ele no clipe, Victor conta sua história e os dois concordam sobre como a transparência sobre o HIV pode ajudar a reduzir a dor e aumentar a esperança de quem se descobre soropositivo.

Isso certamente ajudaria a encorajar muita gente que nem sequer faz o teste de HIV, ressaltam os dois, com medo do resultado, o que representa um risco para a difusão do vírus. Os dois trocam experiências sobre apoio familiar e falam ainda do conceito I=I (Indetectável = Intransmissível).

No Brasil, mais de 900 mil pessoas vivem com HIV1. Dados publicados pelo Ministério da Saúde mostram que, em 2018, das pessoas que vivem com HIV no Brasil, 85% já fizeram teste; destas, 78% estão em tratamento e, desse percentual, 93% apresentam supressão viral1.

Deu Postivo é um projeto da farmacêutica GSK/ViiV Healthcare coproduzido pela Vbrand e Cine Group com promoção da MTV Brasil.

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Cristina Padiglione

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