Efervescência cultural da periferia vira foco de docu-reality
Em geral relegadas a décimo plano nas telas, as periferias brasileiras são berços de diversas manifestações culturais que demoram muito a chegar aos meios de massa. É nesse território que brotam raízes que vão bem além do funk e do samba, difundindo-se para várias esquinas do país. De olho nessa efervescência muitas vezes invisível, a Floresta, uma das mais bem-sucedidas produtoras do mercado brasileiro, e o cineasta Emílio Domingos se uniram para a criação de um docu-reality que promete mostrar os bastidores desses eventos e as pessoas que povoam essas comunidades.
“A série vai abordar toda nossa diversidade cultural por meio das festas populares, revelando como elas acontecem e mostrando que envolvem temas tão variados quanto economia, comportamento e moda,” diz Emilio, diretor do projeto. “Queremos mostrar pessoas se divertindo, mas também imersas na experiência de vivenciar toda a cultura local em diversos cantos do Brasil, com um olhar ‘de dentro’, com propriedade”, completa Dida Silva, VP e Diretora Geral da Floresta.
A produtora já negocia com plataformas de streaming para acertar o destino da produção.
Emílio Domingos apareceu recentemente na lista de nomes brasileiros convidados a integrar a Academia que organiza o Oscar. Ele é diretor de filmes como “Favela é Moda”, vencedor do prêmio Melhor Longa-metragem Documentário de Voto Popular no Festival do Rio (2019); “Deixa na Régua”, vencedor do Prêmio Especial do Júri do Festival de Cinema do Rio (2016); “A Batalha do Passinho”, vencedor da Mostra Novos Rumos do Festival do Rio (2012); e roteirista de documentários como “Anitta: Made in Honório”, da Netflix e “Gilberto Gil – Antologia Vol. 1.”, do canal Curta.