Especializado em crimes, ID é o canal que mais cresce na TV paga, graças às mulheres
Quem disse que crime é programação para homens? As mulheres, acredite, fazem 70% da audiência do Investigação Discovery, o ID, um canal dedicado a crimes que saltou 17 posições no ranking da TV paga desde 2012, quando surgiu, sem qualquer campanha ou investimento do grupo Discovery. Nenhum canal pago cresceu mais que o ID do ano passado para cá, segundo dados confirmados pelo TelePadi, com aval da Kantar IBOPE Media.
Entre os programas mais vistos, há títulos como “O Crime Quase Perfeito”, “Crimes Que Ficaram Na História”, “As Verdadeiras Mulheres Assassinas” e “Sr. Homicídio”.
O crescimento orgânico da audiência é obra das mulheres, em especial. Enquanto outros canais pensam em conteúdo voltado especialmente para elas, com culinária, decoração e organização de festas, boa parte das meninas está sintonizada nos detalhes de crimes que motivam investigações da polícia científica e confissões inconfessáveis de réus de toda espécie.
O crescimento do ID em cinco anos representa um salto de 233% no total de indivíduos que compõem a mostra da pesquisa de audiência em TV paga pela Kantar IBOPE Media. Fazendo um recorte apenas de mulheres, o progresso vai a 433%, levando o ID da 31ª para a 12ª posição.
Para a produtora Medialand, que tem um vasto portfólio nesse terreno criminal, incluindo programas fornecidos ao ID (um deles, da série “Anatomia do Crime”, trouxe detalhes que ainda eram inéditos do caso Isabela Nardoni), o fenômeno é surpreendente, mas não novidade. De todos os programas que a produtora paulistana realiza, para TV fechada e aberta (o canal lançou o “Operação de Risco”, na RedeTV! e já há alguns anos abastece o menu do gênero na Record), 65% de seu público no Sul do Brasil é formado por mulheres.
Na comparação entre 2017 e 2016, o ID cresceu 43%, índice recorde entre os 40 canais de maior audiência do ranking da TV paga. Supera grifes como History, GNT, Sony e Telecine Premium.
