Estudo do Gloob aponta exibicionismo e criatividade de nova geração
As crianças nascidas de 2010 para cá, no universo do abastado público que dispõe de TV paga, são, em sua maioria, filhos únicos, com acesso a novos modelos de educação (mais personalizado e direcionado ao perfil individual) e sem conhecimento sobre o real valor da privacidade: tudo é exposto no mundo virtual. Diante disso, o exibicionismo é inevitável. São criadores de conteúdo mais vorazes que a geração anterior, a partir de suas experiências, de preferência imersivas e interativas.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo canal Gloob, em parceria com a Play Conteúdo Inteligente, sobre a chamada Geração Alpha. A pesquisa apresenta percepções sobre o brincar, as referências de contextos e as mudanças para a vida em sociedade. O estudo inclui pesquisas quantitativas e entrevistas de campo (home invasion), com cerca de 510 pais e crianças entre 6 e 9 anos. Isso permite traçar comparações entre uma turma e outra. Depois de se falar em geração X, Y e Z, a proposta é estudar a tal Geração Alpha, justamente nascida a partir de 2010, fruto da geração Z.
Nesse contexto social e familiar aqui mencionado, o estudo apontou sete mudanças comportamentais para essas crianças:
- O empoderamento das meninas
- A versatilidade dos meninos
- A flexibilidade de gênero
- O reconhecimento dos pais e das mães como os ídolos das crianças e não mais os famosos
- A maior conexão da figura paterna com os filhos
- A mudança na forma de identificação com o personagem (a atitude prevalece sobre a beleza estética)
- A necessidade de integração dos meios (as crianças acessam, cada vez mais cedo, cerca de 14 meios para conhecerem um produto)
Segundo o Dossiê Gloob, são estas sete principais mudanças que podem guiar o futuro nas relações interpessoais e familiares, nas brincadeiras e na forma como o mercado se relaciona com esta nova geração.
Gostei do item 4. Pena que os meus filhos sejam nascidos antes de 2010.
Claro, estamos falando de parâmetros médios, não é um tratado absoluto sobre o ser humano que veio ao mundo desde então. Como dizem os pediatras, “cada criança é uma criança”. De todo modo, são referências fortes a serem levadas em conta.
