Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Globo se rende ao jogo e estica BBB 20

Babu, recordista em paredões, parte para o seu sétimo embate. Foto: Reprodução

A Globo resolveu de fato esticar o BBB 20 em quatro episódios. A competição, que terminaria no dia 23, vai agora até o dia 27, após a Globo acertar com as famílias de cada candidato que todas as normas de segurança vêm sendo adotadas para assegurar o isolamento dos últimos participantes em meio à pandemia que se alastra do lado de fora da casa.

Sem jogo de futebol, sem novela, sem auditório, o que mais nos resta na quarentena senão contar os mortos mundo afora e acompanhar as tretas do presidente da República com seu ministro da Saúde?

Antes mesmo do isolamento, o BBB 20 já demonstrava um dinamismo que há tempos tornava o jogo amortecido, tendo agora despertado torcidas de engajamento social (nas trilhas do feminismo e do racismo, de modo mais elaborado que nas temporadas passadas). Com esse painel, era justo que no meio da quarentena o programa se tornasse o único tabuleiro para muita gente jogar.

De mais a mais, cada prova do líder é um merchandising a mais para abastecer os cofres da emissora, desfalcados pela ausência de produções inéditas e, em breve, pela provável fragilidade financei de muitas empresas comprometidas com a baixa produtividade causada pela pandemia. E não falamos de qualquer merchandising, longe disso: as ações comerciais no BBB estão cada vez mais gritantes, de uma exposição que não encontra paralelo em nenhuma outra vitrine na TV.

E assim ficamos. Nós, com mais quatro dias de circo (no bom sentido), e a Globo, com uma reserva extra para se manter em pé nesta quarentena.

Em tempo: nesta terça-feira (14), Babu enfrenta seu oitavo paredão, um recorde na história do BBB, agora com Mari e Gizelly.

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Cristina Padiglione

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