Direção da Globo fala aos seus profissionais sobre reabertura dos estúdios
O presidente do Grupo Globo, Jorge Nóbrega, informou aos funcionários da casa que o retorno da primeira leva de profissionais em quarentena está previsto para 13 de julho. São equipes de produção da área de entretenimento que vêm trabalhando remotamente em todas as unidades da casa, com ênfase para Rio e São Paulo, onde estão as bases da linha de shows, novelas e séries.
Detalhes sobre esse retorno e todo o processo de retomada dos trabalhos serão informados ainda na tarde desta sexta-feira (29).
Esse pessoal deverá preparar todo o planejamento para a reabertura dos estúdios, que só acontecerá no dia 27 de julho, com uma série de protocolos novos para todos, a começar pelo uso de máscaras e de potes de álcool em gel instalados nas portas de todos os espaços e corredores, o que já está em funcionamento.
Os estúdios também deverão contar com termômetros para tirar a temperatura de quem entra, e o próprio acesso de funcionários a esses espaços será bem mais restrito, com um mínimo de pessoas possível em cada expediente. Só ficará no local quem for essencial ao trabalho de gravação.
Fora isso, a emissora já segue, desde março, uma rigorosa cartilha com os itens de maquiagem de atores, apresentadores e jornalistas de vídeo. Cada um tem seu próprio kit de produtos, inclusive pincel e esponja próprios.
Boa parte dos novos cuidados já vêm sendo seguidos na sede de São Paulo e nas unidades do Jardim Botânico, onde o movimento se reduziu desde março, mas não parou, em razão do jornalismo.
Os Estúdios Globo em Curicica, outrora chamados como Projac, são o maior desafio da empresa, em razão do número de pessoas que por lá circulam, algo em torno de 6 mil por dia. É lá que são abrigadas as produções de novelas, séries e de programas como Encontro e Se Joga -este, suspenso e sem data certa para voltar.
Falando em Encontro, os auditórios deverão permanecer vazios em um primeiro momento, com volta paulatina a pequenas plateias em cadeiras distanciadas em mais de um metro uma da outra. Mas essas questões serão avaliadas de acordo com o desenrolar do tapete, digamos assim, para se ter noção de onde estaremos pisando, e também do controle sobre as curvas de contaminação da própria pandemia em cada região.
O elenco está de sobreaviso para voltar a partir de 27 de julho. As novelas contemporâneas vão incorporar a questão do coronavírus ao enredo, o que justificará a ausência de beijos e abraços. Vai ser doloroso, como espectador, ver dona Lurdes, a afetuosa matriarca de “Amor de Mãe”, regular contato físico com filhos e amigos.
No caso de “Nos Tempos do Imperador”, alguma outra peste da época de D. Pedro 2º deverá ser citada em cena, a ver.