GloboPlay lança documentário de Belchior nos 6 anos de sua morte
Neste domingo, dia 30, quando se completam seis anos da morte de Belchior, o GloboPlay coloca no catálogo o documentário “Belchior – Apenas um Coração Selvagem”. O longa-metragem conta com a linda participação de Silvero Pereira, que recita canções do artista ao longo do filme.
“Conheço desde pequeno porque ouvia através de meu pai por LP”, conta Silvero, sobre seu primeiro contato com o autor de “Como Nossos Pais”. “Sempre fui fã do artista por ser um grande compositor e meu conterrâneo. Me identifico com muitas de suas canções, porque acho seu trabalho atemporal no sentido político, afetivo e artístico”, completa.
Atualmente, segue Silvero, uma canção que o comove muito é “Fotografia 3×4”. “Essa canção é uma descrição de como nós, nordestinos, sofremos xenofobia ao sair do Nordeste para o sudeste em busca de realizar nossos sonhos”, argumenta.
“Foi uma honra imensa fazer parte desse projeto da Natalia [Dias] e do Camilo [Cavalcanti, diretores e roteiristas do documentário]”, fala Silvero, que vem estudando Belchior há alguns anos, em razão do seu show, “Silvero Interpreta Belchior”. “Essa experiência de recitar as canções foi bem interessante para minha percepção das letras para além do cantar.”
O artista Silvero Pereira declama versos de Belchior e protagoniza show com repertório do cantor, seu conterrâneo.
Foto de Ana Pazian/Divulgação
“Belchior – Apenas um Coração Selvagem” celebra a obra do cantor, compositor e poeta nordestino, eternizado nas vozes de outros grandes artistas de sua geração, como Elis Regina e Erasmo Carlos. O filme funciona como autorretrato em que são revisitadas imagens de um rico e variado acervo com registros de entrevistas do artista concedidas à imprensa ao longo de sua carreira, e de algumas de suas principais apresentações em shows, clipes e festivais de música.
Nascido em Sobral, no Ceará, Belchior surge nas imagens de acervo falando de sua origem, das dificuldades do povo nordestino e de sua formação musical, que passam por Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e o movimento da Tropicália, mas também por Beatles.
“Toda a música da minha geração foi transformadora, de resistência, com uma nova linguagem, que, nos limites da arte, tentou apresentar uma face nova para o Brasil”, disse ele.
O documentário já passou por festivais no Brasil e no exterior e estará disponível em um único episódio de 90 minutos de duração no Globoplay, a partir deste domingo (30/4). A obra tem roteiro de Camilo Cavalcanti, Natália Dias e Paulo Henrique Fontenelle e direção de Natália Dias e Camilo Cavalcanti e foi produzida pela Clariô Filmes.
